Contratos são documentos legais que regulamentam as relações comerciais e legais, e sua complexidade pode ser uma barreira à compreensão por parte das partes envolvidas. Por outro lado, os contratos simplificados eliminam a linguagem técnica excessiva, jargões jurídicos e cláusulas redundantes, tornando os termos e obrigações mais claros e acessíveis. As definições sobre os contratos podem ser encontradas no portal JusBrasil.
Ao simplificar a linguagem e a estrutura dos contratos, torna-se mais fácil para todas as partes envolvidas compreenderem os termos e condições, promovendo assim a acessibilidade a informações cruciais. Além disso, a transparência é incentivada quando os contratos são claros e facilmente compreensíveis, estabelecendo uma base sólida para a construção de relacionamentos comerciais baseados na confiança mútua.
Cenário atual
No cenário competitivo da indústria hoteleira no Brasil, a diferenciação entre as redes hoteleiras vai além de preços atrativos e serviços de qualidade. Ela também se manifesta nos detalhes dos contratos de administração oferecidos aos investidores, e algumas redes hoteleiras estão se destacando ao adotar uma abordagem de transparência e simplicidade em seus acordos. Esses pontos são abordados no manual de como empreender na rede hoteleira formulado pelo Sebrae do Distrito Federal.
Um exemplo é a rede hoteleira Bristol, juntamente com algumas redes nacionais, que optaram por manter contratos simplificados. Essa abordagem representa um afastamento das práticas mais complexas que são frequentemente observadas na indústria hoteleira. O que torna esses contratos uma ferramenta válida é a clareza das cláusulas de encerramento e a ausência de taxas ocultas nas entrelinhas.
“Nesses contratos simplificados, os investidores encontram uma linguagem mais acessível e condições de encerramento mais diretas. Isso significa que, caso um investidor deseje encerrar o contrato, ele não é sobrecarregado com procedimentos complicados e taxas ocultas. Essa abordagem representa uma mudança positiva em direção à transparência”, afirma o CEO da Rede Bristol de Hotéis e Resorts, Jorge Alves.
Oportunidades de Melhoria
“Para os investidores, contratos mais transparentes significam uma compreensão mais clara de suas obrigações e custos. Isso permite uma tomada de decisão mais informada e reduz a probabilidade de surpresas desagradáveis ao longo do tempo. Investidores podem entrar em parcerias hoteleiras com maior confiança, sabendo que os contratos são justos e diretos”, afirma Jorge Alves.
Para a indústria hoteleira, a transparência nos contratos contribui para uma reputação mais positiva e sustentável, como afirma a publicação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal ao falar das relações de transparência e das relações de consumo. Redes que adotam essa abordagem podem estar mais propensas a atrair investidores interessados em estabelecer parcerias de longo prazo, como apresenta a reportagem da Revista Exame sobre ESG. A transparência fortalece a confiança do mercado, essencial para o crescimento e desenvolvimento contínuo do setor.
“Em um ambiente em constante mudança e com um mercado hoteleiro em expansão, a transparência e a simplicidade nos contratos de administração representam uma abordagem moderna que pode beneficiar a todos os envolvidos. Redes hoteleiras que adotam essa mentalidade estão moldando um futuro mais transparente e favorável para a indústria”, afirma Alves.
Impacto no Mercado
Para o CEO da Rede Bristol, Jorge Alves, “À medida que investidores, proprietários de unidades habitacionais (UHs) e demais participantes do setor se tornam mais informados e exigentes em relação aos termos dos contratos, várias mudanças e tendências podem se manifestar”. Alguns benefícios dessas mudanças, de acordo com Alves, incluem:
- Competição acentuada: à medida que os investidores buscam parcerias mais transparentes e justas, as redes hoteleiras que adotam contratos simplificados e transparentes podem ganhar uma vantagem competitiva. Isso pode levar outras redes a reverem seus contratos para permanecerem competitivas.
- Atração de investidores: redes hoteleiras que oferecem contratos mais transparentes podem atrair um número maior de investidores e proprietários de UHs. Isso pode resultar em um aumento no número de hotéis sob sua administração e um crescimento mais rápido em sua presença no mercado.
- Maior satisfação dos investidores: Investidores satisfeitos com contratos transparentes são mais propensos a reinvestir em empreendimentos hoteleiros e a recomendar a parceria a outros investidores. Isso pode criar um ciclo virtuoso de crescimento para redes hoteleiras comprometidas com a transparência.
- Regulamentação potencial: a conscientização crescente sobre a importância da transparência pode levar a discussões sobre regulamentações mais rígidas no setor. Isso poderia incluir a imposição de padrões mínimos de transparência em contratos de administração de hotéis.
- Inovação nos contratos: a competição pelo investimento pode levar a uma inovação constante nos contratos de administração. Redes hoteleiras podem se esforçar para oferecer termos mais atraentes, introduzindo novas cláusulas e abordagens que atendam às necessidades dos investidores.
- Avaliação mais rigorosa de parcerias: investidores e proprietários de UHs podem se tornar mais criteriosos na escolha de redes hoteleiras para suas parcerias. Isso pode resultar em uma seleção mais seletiva e rigorosa das redes com as quais optam por fazer negócios.
A conscientização sobre a diferenciação entre os contratos de administração de hotéis tem o potencial de remodelar o mercado hoteleiro brasileiro. À medida que a transparência e a simplicidade nos contratos se tornam critérios mais importantes para investidores e proprietários, as redes hoteleiras que se adaptarem a essas demandas estarão bem-posicionadas para prosperar em um ambiente de mercado em constante evolução.
Em termos simples, a transparência, advinda dos contratos simplificados, trata a capacidade de uma empresa de ser aberta e clara relação a todos os aspectos de suas operações. Isso engloba desde suas finanças até sua estrutura organizacional, políticas internas e, crucialmente, seu impacto social e ambiental.