A pandemia de Covid-19 provocou transformações culturais profundas em diversos setores, e o mercado wellness não foi exceção. À medida que o mundo enfrentava o impacto do vírus, as prioridades de saúde e bem-estar das pessoas mudaram drasticamente, refletindo-se em novas tendências e demandas, que continuam a ter impactos sobre a indústria.
Entre 2020 e 2022, o mercado movimentou globalmente cerca de US$ 5,6 trilhões, segundo estudo do Global Wellness Institute (GWI), número que representa um aumento de 12%, sobre o período anterior. Com a maior busca por alternativas de promoção do equilíbrio e à qualidade de vida, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação mais saudável, só no Brasil, décimo segundo no ranking mundial da categoria, as vendas chegaram a US$ 96 bilhões (quase R$ 500), com alta de 18%.
“A pandemia deu às pessoas um sentido de urgência, de olhar para o que é mais importante para elas. E uma coisa é certa, todo mundo quer viver mais e melhor”, afirma o empresário e investidor Fabiano Zettel, fundador e CEO da Moriah Asset, que investe em empresas do segmento de saúde e bem-estar, como Oakberry, Desinchá, Haoma, Les Cinq Gyn e em lojas da Frutaria São Paulo, do Empório Frutaria e da Néctar, entre outras.
Segundo o empresário e investidor, em resposta, o mercado de saúde e bem-estar adaptou-se rapidamente, redirecionando suas ofertas para atender às novas necessidades dos consumidores. O interesse por atividades físicas ao ar livre, práticas de meditação e mindfulness, e a adoção de uma alimentação mais saudável, por exemplo, cresceram exponencialmente, abrindo assim novas oportunidades de negócios para grandes e pequenas empresas.
Apesar do crescimento expressivo dos últimos anos, Zettel acredita que ainda há muito espaço para o crescimento do mercado. Mas para se estabelecer e se expandir no mercado, hoje é necessário estar atento a novas tendências e inovar de forma constante, seja em produto, seja em modelo de negócios.
“A capacidade de adaptação rápida, de forma independente ou através de parcerias estratégicas, como as que criamos entre as empresas do nosso ecossistema, será essencial para sustentar o crescimento e atender às demandas de um público cada vez mais focado em saúde e bem-estar”, afirma Zettel.