Mesmo em ano de pandemia, o setor de celulose avançou 8% na produção. Isso porque o Brasil é um dos países que possuem vantagem competitiva neste setor de produção. O eucalipto, principal matéria prima representa 70% da produção, e leva apenas entre 6 e 7 anos para estar pronto para o corte, em comparação aos outros países, esse tempo é praticamente quatro vezes menor. O plantio do eucalipto não vai de encontro em áreas de produção de alimento, ou seja, o local onde é plantado, não precisa ser solo fértil igual onde é produzido soja ou milho. Devido a sua capacidade produtiva e também de replantio de árvores para a indústria de papel e celulose, transformam o Brasil em uma potência neste segmento, se tornando um protagonista internacional.
Segundo a consultoria Marcio Funchal especializada em gestão empresarial e inteligência de negócios, para os próximos meses ainda haverá um cenário de resiliência para os produtores de papel. Risco de crise energética na Europa, possibilidade de aumento no preço do petróleo; instabilidade do dólar, possível crise de rompimento de bolha de preços no mercado imobiliário chinês, dentre outros fatores preocupantes para 2023, fará com que as empresas brasileiras mantenham a estratégia atual de resiliência nos investimentos, buscando consolidar os investimentos já contratados.
Devido a isso, o setor da produção de papel prevê um crescimento resiliente para os próximos anos. A produção global total de papel deverá aumentar 0,3% ao ano no período de 2019 a 2024, atingindo 427 milhões de toneladas. Após cair mais de 5% em 2020 devido à pandemia da COVID-19, o crescimento será em média superior a 2%, retornando à produção de papel e papelão em 2022 a 2023 de volta aos níveis anteriores à pandemia