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Saúde das deficientes

Outubro Rosa e o exame na mulher com deficiência intelectual

Presente em nove estados brasileiros, a OEB assume também o papel de levar informação e qualidade de vida a todos os seus atletas

No último ano, o Brasil registrou mais de 59 mil casos de câncer de mama e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que em 2020 serão mais 66 mil novos casos e a régua não para de subir. As Olímpiadas Especiais Brasil, que estão presente em nove estados brasileiros, somando 52 mil atletas cadastrados em oportunidades de treinamento e competição durante todo o ano, atenta à saúde de seus atletas, incentiva a prática do exame, repleto de cuidados desde o atendimento até o diagnóstico. 

Divulgação/Coletiva Comunicação

Por conta da campanha Outubro Rosa, o movimento reúne dicas e orientações para equipe médica e familiares. A médica oncologista clínica e parceira da instituição, Melissa Meirelles, dá algumas dicas de como realizar o exame e a prevenção em mulheres com deficiência intelectual. “É importante a gente frisar o papel da família e da rede de saúde que atende essa mulher, porque muitas vezes ela não entende a necessidade ou o que precisa ser feito, então são eles que devem, também, assumir esse papel e estar atentos a isso”, destaca Melissa, além de:

– Redobrar o cuidado da família;

– Ensinar o toque e a autoanálise para que a mulher identifique qualquer alteração, seja na cor, formato ou toque da mama;

– No consultório ou ainda em casa, atenção ao explicar as etapas do exame, utilizando linguagens menos técnicas, se possíveis ilustrações, vídeos e demonstração;

– Alertar a equipe de atendimento para que tenha maior cuidado e atenção ao explicar e manusear a paciente;

– Permitir acompanhantes sempre que possível;

– Explicar que haverá um desconforto nos exames, mas que será passageiro;

– Caso a região fique dolorida, receitar e cuidar da mesma;

– Manter a confiança para que ela retorne nos próximos anos;

A parceira do projeto também destaca que a mulher com deficiência não tem um risco maior ou menor para o câncer. “O que vemos é uma dificuldade em fazer o exame, a falta de conhecimento e que a infantilização do indivíduo aumenta esse risco porque você acaba afastando a pessoa do tratamento”, afirma.

 Além da orientação para a parte médica, as Olímpiadas Especiais Brasil preparam uma conversa com suas atletas e famílias para ressaltar a importância dos exames preventivos.

OLIMPÍADAS ESPECIAIS BRASIL

Projeto global sem fins lucrativos, a Special Olympics é um movimento mundial centrado no desporto, fundado em 1968 por Eunice Kennedy – irmã do 35° presidente dos Estados Unidos John F Kennedy. Trata-se de uma organização internacional criada para apoiar pessoas com deficiência intelectual a desenvolverem a sua autoconfiança, capacidades de relacionamento interpessoal e sentido de realização por meio do esporte.

Acreditada pela Special Olympics International, as Olimpíadas Especiais Brasil atuam nas seguintes modalidades esportivas: atletismo, águas abertas, basquete, bocha, futebol, natação, handebol, ginástica rítmica, tênis, tênis de mesa, vôlei de praia e judô, além dos Programas: APLs (Atleta Líder), Escolas Unificadas, Atletas Saudáveis,  Atletas Jovens, MATP (Atividade Motora Adaptada) e Famílias. Tendo o país quase seis milhões de pessoas com deficiência intelectual, as Olimpíadas Especiais Brasil possuem 32 mil atletas treinando e 25 mil competindo durante todo o ano.

Filosofia

A Special Olympics tem como filosofia dar oportunidade a todos os atletas, independente do nível de habilidade, promovendo diversas competições, nas mais diferentes regiões do mundo, durante todo o ano. O programa é conduzido por voluntários e por meio de treinamentos esportivos e competições de qualidade, melhora a vida das pessoas com deficiência intelectual e, consequentemente, a vida de todas as pessoas que os cercam.

Programa Atletas Saudáveis

O programa Atletas Saudáveis, das Special Olympics, é o maior programa de saúde pública do mundo para pessoas com deficiência intelectual e suas famílias, reconhecendo as especificidades e a importância de tratamentos e acompanhamentos médicos exclusivos para pessoas com deficiência intelectual, proporcionando aos atletas e suas famílias informação sobre saúde e assistência médica.

No Brasil, o programa Atletas Saudáveis conta com 160 diretores clínicos e 450 voluntários de saúde envolvidos em atividades por todos os estados onde estão as Olimpíadas Especiais no Brasil. O programa é dividido em seis iniciativas: Abrindo teus olhos (oftalmologia), Audição saudável (audiologia), Fun fitness (fisioterapia), Pés saudáveis (ortopedia), Sorrisos especiais (odontologia) e Promoção da Saúde (nutrição, clínica médica e cuidados gerais com a saúde).

Por meio do programa Atletas Saudáveis foram oferecidos mais de 10 mil exames e mais de 2.000 óculos aos atletas. Além do atendimento, são realizados eventos em parceria com instituições que promovem atividades inclusivas a deficientes intelectuais através do esporte ou de programas de saúde.

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