Fortaleza 26/2/2021 – Nesse novo cenário de crescimento de consumo e pagamento via aplicativos de delivery, a conciliação financeira se torna um grande desafio
Com medidas restritivas para abertura do comércio, o delivery deve movimentar US$ 6 trilhões até o final do ano em todo o mundo. A alta amplia atuação das empresas de conciliação entre apps e lojas
A adoção a plataformas de delivery tem sido a solução de muitos negócios em todo o país para gerar lucro, evitar a demissão de funcionários e até mesmo a falência da empresa. Com as medidas restritivas ainda instáveis, mudando conforme a capacidade das cidades em reduzir os impactos causados pela Covid-19, essa opção tem aberto portas para um mercado já consolidado nos meios de pagamentos: a conciliação financeira.
Desde o início do isolamento social, em março de 2020, o mercado de delivery tem apresentado uma curva ascendente. De acordo com a Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores, em 100 dias, mais de 16,5 milhões de usuários passaram a utilizar aplicativos de delivery.
No Brasil, o download desses apps aumentou 120% em relação ao mesmo período de 2019. 72% das pessoas que usam smartphones têm aplicativos de delivery de comidas. As compras de supermercado por entrega aumentaram 270% e, nas cidades do interior, segundo a empresa desenvolvedora Delivery Much, alcançaram a marca de 396%.
“Nesse novo cenário de crescimento de consumo e pagamento via aplicativos de delivery, a conciliação financeira se torna um grande desafio, pois quanto maior a diversidade de pagamentos e o volume de transações, maior a complexidade na hora da conciliação de vendas. Fazer esse processo manualmente ou com alguma ferramenta que não atenda totalmente às suas necessidades, além de ser trabalhoso, pode gerar análises incorretas e falhas na conciliação”, afirma Luciano Oliveira, Diretor de Tecnologia na Boavista Tecnologia.
Quem sentiu bem o impacto da venda por delivery e da necessidade de conciliação financeira foi o Grupo Madero, uma das maiores redes de hamburguerias do Brasil. Com mais de 300 restaurantes no país, o Madero precisou se adaptar e viu o movimento financeiro do grupo passar do espaço físico para o virtual, após aderir aos apps de delivery. Em novembro de 2019, o impacto das vendas por aplicativos era de 1% no faturamento. Já em abril de 2020, com o início do isolamento social, 80% do faturamento era de vendas realizadas por apps de entrega.
“Foi importante para o Madero começar a investir no delivery, mas também conciliar essas vendas. Ou seja, confrontar as informações do ERP das lojas com as repassadas pela operadora do delivery e, por fim, com os valores creditados nas contas da empresa”, comenta Luciano. Para o diretor da Boavista, em um momento tão delicado, o objetivo é dar a segurança aos donos das lojas de que todas as transações ocorreram da forma correta e que eles estão recebendo por cada venda.
Embora seja um processo bastante comum entre as empresas, não são todas que apostam em ferramentas que automatizem esse processo e deem mais segurança na operação e assertividade no trato das informações. “A empresa não pode ficar na dúvida se está recebendo ou não por tudo que está vendendo por aplicativos. Ela já sabe como fazer isso com as vendas em cartão, mas é muito importante lidar com as vendas realizadas por delivery”, reforça Luciano Oliveira.
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