INAC alerta para uma ação conjunta de todas as forças democráticas contra a tentativa de golpe
“Este é um dos momentos mais críticos da história da democracia brasileira” avalia Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção e procurador de justiça criminal do MPSP
O Conselho Superior e a diretoria do INAC- Instituto Não Aceito Corrupção repudiam, com veemência, os atos de violência e de intolerância política, praticados contra os prédios do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, pilares da nossa democracia. E conclamam toda a sociedade civil organizada, os políticos, as autoridades civis e militares contra este movimento de golpe contra o Estado Democrático de Direito.
O Instituto tem hoje na diretoria como presidente o procurador de Justiça Roberto Livianu, a cientista Tereza Sadek e o professor Davi Lago. No Conselho Superior o ex-presidente do STF Ayres Britto, o ex-Ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, o presidente da Academia Paulista de Letras Renato Nalini, a presidente da Abraji Katia Brembatti, o ex-Ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, o empresário Geraldo Rufino, a secretária da Justiça da cidade de São Paulo Eunice Prudente, o ex-diretor de compliance da Petrobras Marcelo Zenkner, o ex-secretário de Justiça e de Segurança de SP Eduardo Muylaert entre outros.
A nota de repúdio do Inac destaca a afronta à democracia: “O Brasil e o mundo assistiram com perplexidade aos acontecimentos em Brasília, em que uma turba de terroristas radicais bolsonaristas desafiou audaciosamente o Estado Democrático de Direito e a Constituição Federal de nosso país”.
E cobra a punição dos financiadores, incentivadores e participantes do ataque à democracia. “Os terroristas devem responder nos termos da lei penal e civil, assim como mandantes, incentivadores e aqueles que financiaram tais atos, de verdadeira violência política, visando impor à força sua vontade vencida nas eleições”.
O documento cobra o repúdio veemente a este ato terrorista pela PGR e por todos os deputados e senadores, por questão de lealdade à Constituição e a seus mandatos.
Livianu ainda cobra do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, uma ação contundente do Estado contra atos que estão sendo organizados em São Paulo. “Tarcísio se colocou ao lado de Bolsonaro nas eleições. Agora ele precisa se colocar ao lado do povo paulista e dos brasileiros para defender a democracia usando de todas as forças”, destaca o presidente do INAC.