São Paulo – SP 27/4/2021 –
Na primeira quinzena do mês de abril, o Brasil registrou mais de 360 mil mortes, de acordo com segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa
Há pouco mais de um ano a OMS, Organização Mundial da Saúde, declarava a pandemia do novo Coronavírus. Em 11 de março de 2020, 118 mil casos já haviam sido identificados em todo o globo. Na primeira quinzena de abril, o número de casos ultrapassa os 138 milhões, sendo 13,6 milhões no Brasil.
A pandemia foi acompanhada por novos hábitos, todos com intuito de contê-la. Desde então, lavar as mãos, utilizar máscaras e praticar o distanciamento social se tornaram parte do cotidiano. Por outro lado, novos sentimentos afloraram: o medo e a ansiedade se colocaram como parte da rotina de muitos brasileiros.
De acordo com dados disponibilizados pela UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 80% da população brasileira ficou ansiosa durante a pandemia. A média mundial foi de 30%. Além disso, 65% revelou sentir raiva, enquanto 63% disse sentir sintomas somáticos.
Entendendo os sentimentos
Marcos Mazullo, treinador comportamental, explica que, muitas vezes, sentimentos que não são totalmente compreendidos são, na verdade, uma resposta do medo. “O medo é irracional. Ele faz parte de nossa base emocional, pois é constituído por emoções primárias – estas, são ativadas quando nosso inconsciente prevê perigo. É inegável que o contexto da pandemia acende um alerta”, afirma.
E os reflexos da crise humanitária e sanitária já foram mapeados. De acordo com um estudo realizado pela Inteligência de Mercado do Grupo Abril em parceria com o instituto MindMiners, onde 4693 pessoas foram entrevistadas, 86% da população revelou enfrentar problemas diários por consequência da pandemia. Entre os sentimentos, estavam a incapacidade de relaxar e a pressão diante das finanças.
“A insegurança e falta de previsão do que acontecerá em um futuro próximo podem causar sensações que, até então, eram desconhecidas para alguns. Hoje, vemos pessoas em situações onde o medo e a tristeza se sobrepõem. Essas são duas emoções que, em sua função neurobiológica, podem resultar em uma paralisia. O trauma, embora momentâneo, pode perdurar por toda a vida e, por isso, não pode ser deixado de lado ou visto como momentâneo”, explica Mazullo.
Por isso, o especialista diz que é importante cuidar da própria mente. Ainda citando o estudo realizado pelo MindMiners, foi possível constatar que apenas 18% dos brasileiros fazem meditação, terapia alternativa reconhecida pela OMS. “É importante buscar por práticas que apoiem o autoconhecimento de forma confortável. Quando pensamos em terapias complementares, encontramos um grande portfólio de tratamentos que podem auxiliar a passagem por momentos difíceis, assim como a plena recuperação”, finaliza.
Por fim, Mazullo se apega em um dado positivo: 54% dos participantes do estudo MindMiners têm esperanças de que logo essa crise se resolverá. O especialista, que já atua como treinador comportamental há 14 anos, coloca-se na porcentagem e diz que, por ora, o importante é manter os cuidados pessoais e comunitários.
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