São Paulo – SP 3/12/2021 – O mercado vem passando por mudanças, mas é preciso resiliência para assumir o protagonismo em um cenário ainda predominantemente masculino
Segundo estudo, 26% das empreendedoras iniciaram um negócio durante a pandemia; empresária fala sobre os desafios das mulheres no ramo
On-line e gratuito, o 10º Fórum RME (Rede Mulher Empreendedora) – o maior evento de empreendedorismo feminino do Brasil – ocorreu entre os dias 17 e 19 de novembro. Com o tema “Mulheres e empreendedorismo criando um futuro melhor”, o evento debateu a importância da presença feminina em espaços de liderança e o poder de transformação social que esta presença acarreta, contando com a participação de especialistas em palestras, painéis e mentorias.
Este ano, a programação incluiu o 2º Prêmio Fórum RME, que distribuiu R$ 10 mil entre as empreendedoras com as melhores apresentações. Além disso, desenvolveu um projeto de ação social de combate à Covid-19, revertendo 5% das cotas de patrocínio em doação para ações de combate à pandemia, capacitação e geração de renda de mulheres em vulnerabilidade social.
Synara Moreira, empresária e empreendedora, destaca a pesquisa, também da RME, que aponta que 55% das empresárias brasileiras abriram negócios nos últimos 3 anos. “Destas, 26% iniciaram uma empresa durante a crise sanitária, o que demonstra o poder de resiliência da mulher que, historicamente, empreende mesmo em cenários de extrema adversidade”.
A empresária e CEO de uma rede de lojas de roupas chama a atenção para o fato de que, não à toa, a data do encerramento do congresso ocorreu no dia 19 de novembro, Dia do Empreendedorismo Feminino – a data foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2014 para marcar uma série de conquistas de mulheres em um campo que, até pouco tempo, era predominantemente masculino.
Quais os desafios para o empreendedorismo feminino no Brasil?
Conforme indicativos do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2020, principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, realizada em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), há 30 milhões de mulheres à frente de negócios no país, em um cenário de 52 milhões de empreendedores.
Dra Synara Moreira, que também é dentista, considera que os dados demonstram a evolução feminina no setor, mas afirma que há diversos desafios a serem vencidos para que elas possam assumir posições de liderança nos negócios. “É verdade que o mercado vem passando por mudanças nos últimos anos, mas é preciso resiliência para assumir o protagonismo em um cenário ainda predominantemente masculino”.
Em sua análise, é necessário trilhar um longo caminho para que as mulheres possam conquistar a “tão sonhada” igualdade de gênero, em especial, no mercado de trabalho. “Neste ponto, um exercício diário para enfrentar os obstáculos consiste em manter o foco de onde se quer chegar, com um investimento constante em atualização”, comenta Synara.
Com efeito, serão necessários 135,6 anos para que a igualdade entre homens e mulheres seja alcançada globalmente, conforme estimativa do WEF (sigla em inglês para Fórum Econômico Mundial). De acordo com o órgão, a crise sanitária foi responsável pelo acréscimo de 36 anos ao tempo necessário para reduzir a disparidade entre homens e mulheres, que antes era de 99,5%.
A respeito do relatório anual sobre a disparidade de gênero da WEF, Moreira afirma que, para as empreendedoras, fazer parte de uma rede de apoio pode ser um fator decisivo para superar obstáculos e liderar negócios, acelerando a transformação.
“Um grupo de mulheres é visto erroneamente como concorrência. Na verdade, há muito apoio e trocas de experiências, o que se torna fundamental para o crescimento de todas. Para nós, empreender ainda é uma guerra, mas saber que há outras mulheres nessa luta, de certa forma, nos inspira e nos fortalece para as batalhas”, conclui a Empresária Synara Moreira.
Para mais informações, basta acessar: https://synaramoreira.com.br/
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