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Capital humano

Especialista em RH fala sobre o fator humano e protagonismo dos colaboradores

“Na crise, o colaborador deve estar no centro e receber o papel de destaque”, reforça consultora da Baker Tilly

Na pandemia, as empresas e seus funcionários, repentinamente, enfrentaram novas pressões em suas vidas profissionais e pessoais à medida que o vírus se espalhou pelo mundo. Nesse cenário, o setor de Recursos Humanos vêm contribuindo para que os desafios e incertezas sejam superados ou vivenciados de maneira mais tranquila.

“A pandemia intensificou o foco nas pessoas e, para manter a empresa em dia, é preciso zelar por quem faz isso acontecer, o colaborador. Na crise, ele deve sempre estar no centro e recebendo papel de destaque, afinal, sem ele, nenhuma organização é capaz de sobreviver”, explica Alessandra Zanotti, psicóloga e consultora de Gestão de Pessoas na Baker Tilly.

Por conta da Covid-19, milhares de pessoas foram desligadas de seus postos de trabalho, mexendo, além dos aspectos financeiros, com o estado emocional dos trabalhadores. Entres os inúmeros desafios inimagináveis vivenciados pela crise atual, o RH segue encontrado novos caminhos de atuação, para que os funcionários sintam-se acolhidos, afinal, eles são a essência para o sucesso de toda empresa.

“Acredito que nenhum gestor ou líder estava preparado para lidar com os desafios impostos pela pandemia, mas, nesse cenário, mais do que nunca, o departamento de Recursos Humanos precisa ser criativo, lançando mão de estratégias assertivas”, comenta Alessandra, que é pós-graduada em Desenvolvimento e Gestão de Pessoas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a especialista, mesmo lidando com situações inéditas e difíceis, é papel do gestor de RH criar laços, garantindo que, em meio às incertezas e medos, o colaborador sinta que pertence ao local de trabalho e que é valorizado por toda a organização.

 “Sem dúvidas, mais do que nunca, é hora de cuidar de pessoas. Para o RH, é hora de criar um ambiente seguro e de fazer com que o funcionário enxergue o seu protagonismo”, ressaltou a consultora.

Acolhendo e valorizando os funcionários

De acordo com Alessandra Zanotti, na Baker Tilly, o trabalho de RH tem sido se reinventar com as rápidas mudanças: ao mesmo tempo que ajuda as equipes, o departamento aprende com as diferentes estratégias que estão funcionando ou falhando. A seguir, ela elenca quatro formas de como valorizar o trabalhador, reforçando ainda mais o protagonismo de cada um.

Alessandra Zanotti

Escuta disponível

De acordo com a psicóloga, nos momentos de crise, criar oportunidades de fala e de escuta podem ser essenciais para colaboradores que estejam passando por algum problema relacionado a saúde mental.

“Esses espaços de escuta e acolhimentos podem ser individuais ou coletivos. Mas independentemente disso, com certeza, esse tipo de apoio psicológico faz com que ele enxergue que a empresa o valoriza e que está disposta a cuidar dele”.

Ambiente seguro

O ‘novo normal no ambiente de trabalho’, seja nas atividades home office ou não, envolve o uso de máscara, constante higienização das mãos, uso de álcool em gel e isolamento social. E, para que o colaborador sinta-se seguro, é preciso proporcionar um cenário estável, com um ambiente seguro, saudável e, claro, acolhedor.

“Para algumas pessoas, todos esses cuidados podem causar medo e pânico, por isso, devemos estar atentos para minimizar esses desconfortos. De forma natural, é hora de intensificar a sintonia com os times”.

Tenha calma, vai passar

Por fim, ela destaca que a Covid atuou como um catalisador e impulsionou o RH e as organizações a colocarem as pessoas como a peça central da estratégia organizacional, trazendo ensinamentos constantes.

“A partir do momento em que o departamento cria soluções assertivas, fazendo com que o colaborador enxergue o seu valor, essas atitudes devem permanecer no pós-pandemia. Para as empresas, o foco sempre estará nos resultados e excelência operacional, mas a pandemia nos trouxe lições. Um desses ensinamentos, é não deixar o fator humano de lado”, finalizou a especialista da Baker Tilly.

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