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Rota de escoamento do norte do país via Georgetown dá sinais que sairá do papel

São Paulo/SP 17/9/2020 – “Sempre fui um entusiasta do desenvolvimento da infraestrutura do norte do país” – José de Moura Teixeira Lopes Junior

O empresário José de Moura Teixeira Lopes Junior comenta a pavimentação da estrada que ligará Boa Vista(RR) a Georgetown (Guiana)

Em negociações desde o governo Michel Temer (PMDB), a estrada que ligará Boa Vista (RR) a Georgetown (Guiana), ao que tudo indica saíra do papel, principalmente no que depender do empenho e da vontade do atual ministro da economia Paula Guedes, que declarou recentemente ao Senador Chico Rodrigues (DEM-RR), em vídeoconferência divulgada pelo senador, que buscará parcerias como BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), BID (Bando Interamericano de Desenvolvimento), New Development Bank (NDB-BRIKS), a fim de trazer recursos para a execução da obra.

A pavimentação da estrada, visa o escoamento da produção da região norte do Brasil, em especial os estados de Roraima e Amazonas, através do Porto de Georgetown (Guiana), que possui localização estratégica pela proximidade de países do Caribe, América do Norte, Europa e Ásia, vale salientar que a viagem de navio para a China, maior consumidor de soja do mundo, partindo de Guiana, via canal do Panamá, dura 3 dias, ante 13 dias via porto de Santos, é um diferencial bastante competitivo. Outros pontos importantes como a atração de investimentos, o incentivo ao turismo, a criação de novas vagas de empregos para a região é observada e colocasse de vez, a Amazônia integrada o restante do mundo.

Fator importante também é o crescimento do agronegócio no norte do país, onde em especial o cultivo de soja vem, ano a ano, mostrando um crescente respeitável, claro que ainda não está a níveis de outras regiões, como centro-oeste e sudeste, mas já demonstra o potencial da região. Outro dado relevante, é o aumento da atividade pecuária, que igualmente vem demonstrando resultados positivos, principalmente por conta dos baixos custos da terra, que é menor do que em outras áreas produtoras do país.

Conforme se pôde observar na fala do Ministro Paulo Guedes, que inclusive intitulou como a “Nova Dubai” da região, salientando que a rodovia de fato é uma via de mão dupla, escoando a produção, inclusive da Zona Franca de Manaus e trazendo energia barata para solo brasileiro, uma vez que não somente o porto, mas a produção de petróleo que começou a emergir do subsolo da Guiana, vem em uma ascensão contínua e projeta-se, que há de ser a maior produção per capita de petróleo do mundo. Para o FMI (Fundo Monetário Internacional), o país será o que mais crescerá no mundo por conta dessa produção, em um território que abriga quase 800 mil habitantes.

“Sempre fui um entusiasta do desenvolvimento da infraestrutura do norte do país”, afirma o empresário José de Moura Teixeira Lopes Junior; Mourinha, como é conhecido na região, possui negócios tanto na área de infraestrutura como em logísticas de alta complexidade. Amazonense, Moura Junior comenta que “depois de criada a infraestrutura, que por si só gera empregos, traz progresso, tantos outros benefícios são automáticos, como redução do custo logístico, uma melhor condição da frota, segurança aos trabalhadores, menor desperdício de produção, principalmente na soja, onde dados apontam que 10% do que é transportado é desperdiçado nas estradas, que são aqueles grãos que vão caindo dos caminhões ao longo das vias, é muita coisa, é fundamental um olhar mais cuidadoso para o norte do país, para nossa produção”.

A expectativa é que ainda sob o governo do Presidente Jair Bolsonaro, as obras possam ser finalizadas e finalmente os mercados internacionais passem a ser uma realidade viável, que gerará um crescimento econômico significativo para o norte do país, que é uma região bastante delicada e que esse desenvolvimento ocorra em harmonia com as reservas naturais que abriga, focando-se em desenvolvimento mas não deixando de lado a sustentabilidade de um dos maiores ecossistemas do planeta.

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