Dino

O futuro do trabalho chegou e demanda novas competências: especialistas sugerem respeito à pluralidade e atenção ao life-long learning

9/9/2020 –

A pandemia tem seu lado bom: demandou muito aprendizado e acelerou mudanças importantes na forma como pessoas e organizações interagem, chamando a atenção para o conceito de Life-long learning ou aprendizado contínuo. O movimento gerado também evidencia a importância do respeito à pluralidade como base do conceito de segurança psicológica que é fundamental para a criação de ambientes favoráveis ao desenvolvimento continuado.

A pandemia está aí há 6 meses e não se pode mais dizer que ela é uma novidade. Será que não? Todos os dias podem-se ver notícias novas sobre a Covid-19: tratamentos, formas de contágio ou não. E por quê? Porque todos estão aprendendo e reaprendendo com o que acontece. Parece que essa crise veio ensinar muito.

Há 6 meses, muitas eram as tendências em foco na gestão das organizações – a digitalização dos processos, a flexibilização dos ambientes e o aprendizado contínuo, por exemplo. Mas parecia que quanto mais se avançava, mais esse futuro ficava distante.

Com o primeiro caso da Covid-19, muitos estados e municípios resolveram decretar o distanciamento social imediato e empresas e profissionais tiveram muito pouco tempo para se adaptar. Aquilo que vinha sendo estudado, planejado, simplesmente empurrado para frente ou mesmo negado, teve que acontecer da noite para o dia. Pessoas tiveram que trabalhar de casa, sem estrutura, muitas vezes, com a família e filho/as dentro de casa, sem muitos recursos ou apoio; gestores tiveram que começar a gerir e liderar a distância; empresas tiveram que apoiar seus colaboradores nesse momento, não só com políticas e práticas para o trabalho remoto, mas também com a questões de saúde física e mental, enquanto pensavam em como fazer seu negócio se adaptar e sobreviver, seja por falta de clientes, seja por maior demanda ou mesmo nova demanda que não estava prevista e, muito menos, planejada.

E passaram-se 6 meses… Olhando para trás, percebe-se que muita coisa mudou e quem não mudou, provavelmente, não sobreviveu… E quais parecem serem duas tendências que vieram para ficar? A necessidade de maior resiliência das empresas, por meio do engajamento e colaboração das pessoas e o aprendizado e desenvolvimento contínuos.

Nessa trilha chamam a atenção as discussões sobre diversidade e inclusão e os eventos e soluções on-line abordando esses temas. Novamente a pandemia trouxe ainda mais luz sobre questões como desigualdades sociais, quando se analisam seus números e impactos, ao mesmo tempo que as reflexões de como se reinventar frente a essa crise mostram que sem engajamento e diferentes perspectivas as empresas terão dificuldades de inovar e atender às novas demandas que se colocam.

O que parecia ser algo desejável, parece se tornar algo imprescindível. Estudo recente publicado pela consultoria Mckinsey – Diversity Wins – realizado em 15 países, contemplando 1000 empresas, afirma que empresas que possuem mais representatividade em seus times executivos têm maior probabilidade de desempenho financeiro superior que seus pares. Ele também joga luz sobre a necessidade de se focar na inclusão, por meio de uma cultura fortemente inclusiva que incentiva em todos os seus membros comportamentos inclusivos. Esse achado vem corroborar outro, em estudo desenvolvido pelo Google chamado Projeto Aristóteles, onde de acordo com a pesquisa realizada com suas equipes, foram elencados 5 principais fatores que definem um ambiente facilitador para o sucesso de uma boa equipe:

segurança psicológica,

confiabilidade,

estrutura e clareza,

significado do trabalho e

impacto do trabalho.

O conceito de Segurança Psicológica, entendido como um ambiente/cultura onde se pode assumir riscos sem se sentir inseguro ou envergonhado parece ser o principal ponto para um trabalho em equipe mais produtivo, pois permite que os membros usufruam de uma conversa aberta, onde ideias são expostas e ouvidas, sem o medo de que qualquer pessoa seja desprezada pelo grupo.

Seguindo a relevância do tema, eventos como Kenoby Talks Live, um evento tradicionalmente presencial, lançou sua versão digital, que será realizado nos dias 14 a 18 de setembro, reunindo 25 000 profissionais, mais de 50 palestrantes, 4 trilhas de conhecimento, sendo uma delas sobre Diversidade & Inclusão, oferecendo 12 horas de conteúdo online, divididos nesses dias.

Abrindo um dos dias do evento e alinhado à trilha exclusiva sobre Diversidade & Inclusão, Adam Leonard, People Development da Google, trará um pouco de sua experiência sobre o conceito de Segurança Psicológica. “A presença do Adam, trazendo esse tema, relativamente novo para muitos profissionais de RH, é de extrema relevância. Nós da FourAll trabalhamos o tema como base do que acreditamos ser um ambiente seguro e inclusivo – como confiar e colaborar, sendo quem se é e sendo acolhido e acolhida em sua pluralidade sem o sentimento de segurança psicológica?”, comenta Ana Ulysséa, co-founder da FourAll, consultoria que patrocina o evento e explora esse conceito dentro da Academia da PlurAllidade, uma solução para educação e sensibilização para a pluralidade. É isso mesmo, Ana. Reconhecer e quebrar vieses e preconceitos é essencial para gerar mudanças no sentido da construção de um ambiente repleto de representatividade e inclusão. Eis um desafio para o futuro que já está sendo vivido como um presente.

Evento: Kenoby Talks Live – 14 a 18 de Setembro

Link de Inscrição: http://bit.ly/fourallkenoby

Website: http://bit.ly/fourallkenoby

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