Laramara lança campanha de arrecadamento para o fim de ano
A Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual acaba de lançar uma campanha para angariar fundos para a manutenção de seus projetos sociais, que vão desde programas de reabilitação até cursos de música, natação e automaquiagem adaptados para pessoas e cegas e com baixa visão, com o objetivo de promover o desenvolvimento integral da pessoa com deficiência visual, para sua autonomia e inclusão social.
Por ano, diversas crianças e adultos são atendidos nos diversos projetos, e para manter e até ampliar esses números em 2020, a instituição precisa arrecadar R$ 1,5 milhão até dezembro deste ano. Com essa quantia, milhares de histórias têm a chance de um final feliz, como as da sra. Akiko, do sr. Genivaldo, da Gabriela e da Karol, que foram assistenciados pela Laramara, graças ao apoio e às doações feitas a partir da central de captação ou também pelo site da organização (http://laramara.org.br/doe/).
Conheça mais sobre eles!
Conheça a sra. Akiko e sua jornada por independência
A sra. Akiko perdeu parte de sua visão aos 76, por conta de uma doença autoimune chamada Sindrome de Dewick. “O primeiro sentimento que tive foi achar que minha vida tinha acabado”, conta. Porém, por indicações de amigos que também são deficientes físicos, ela chegou até a Laramara para sua reabilitação.
“Eu já fiz atividades como a de mobilidade, em que aprendi a andar sozinha e hoje vou para qualquer lugar! Também já fiz dança circular, computação e hoje estou aprendendo a mexer no celular”, explica Akiko.
Depois de se mudar para a casa do filho pela doença, a sra. Akiko conseguiu voltar a morar sozinha após a reabilitação: “Eu percebi que não morri e agora vou à luta. Não posso ficar dependendo de filhos que trabalham ou de netos que estudam. Agora sou até voluntária e ajudo na associação com a minha formação em enfermagem”, divide. “Sou independente e faço tudo”.
Conheça o sr. Genivaldo e sua busca por autonomia
Aos 53, o sr. Genivaldo, motorista de taxi, sofreu uma tentativa de assalto e levou um tiro na região dos olhos. “Quando aconteceu a tragédia, eu não imaginava que fosse tão grave. Não esperava ouvir do médico ‘você não vai enxergar mais’”, conta. “Eu perdi o chão dos meus pés, não sabia o que fazer”.
Ele chegou até a Laramara por curiosidade sobre as aulas de música e hoje, seis anos depois, segue no curso de musicalização; já aprendeu a tocar violão e também participa do coral e das aulas de natação.
“Quando eu enxergava, se falassem que eu faria tudo o que consigo sem visão, não iria acreditar. Eu não sabia mexer no computador, só fui aprender depois do acidente. Achava que eram coisas impossíveis, mas é muito gratificante saber que você é capaz”, divide Genivaldo.
“Uma vez eu ouvi uma frase que não havia entendido, mas hoje entendo: ‘Nós somos anjos de asas quebradas’. Foi aqui na Laramara que eu consertei a minha asa quebrada”.
Conheça a Gabriela e sua procura por integridade
Gabriela frequenta a Laramara desde os 5 anos. “Foi por meio dela que conheci muita gente que me ajudou a superar meus medos, assim como minha timidez”, explica Gabriela, que participa hoje, aos 19 anos, do projeto AVA – atividades de vida autônoma, para realizar o seu sonho de morar sozinha. “Eu também quero construir a minha família”, conta.
Assim como qualquer adolescente, Gabriela é cheia de sonhos. Ela divide que gostaria de trabalhar no meio artístico, já que música é uma parte tão grande de sua vida. “Não importa a cor que eu tenha, o cabelo que eu tenho, a deficiência que eu tenha, eu sou só mais uma pessoa”.
Conheça Karol e sua vontade de se sentir incluída
Ao dar à luz a Ana Karolina, sua mãe recebeu a notícia de que a pequena possuía glaucoma congênito nos dois olhos. “Quando ela fez um ano, me apresentaram a Laramara para fazer o acompanhamento”, explica a mãe.
“De lá para cá ela começou a participar do grupinho de crianças. No começo, eu fazia tudo por ela. Trazer frutas para ela aprender a descascar, tirar sementes, entender as formas de cada coisa”, conta. “Hoje, ela anda em qualquer lugar!”.
“Tenho 6 anos e me sinto independente! Eu brinco com todos os meus amiguinhos, como sozinha – até li um livro em braile”, conta Karol, de apenas 6 anos. “Aqui é muito bom!”.
Sobre a Laramara
Com 28 anos de atividade, a Laramara é uma organização da sociedade civil com atuação na causa da pessoa com deficiência visual, sendo centro de referência na América Latina no atendimento especializado nos segmentos socioassistencial e socioeducativo, focada em aprendizagem e autonomia, bem como na pesquisa e no desenvolvimento na área de tecnologia assistiva. Existem diversas formas de fazer parte das atividades da organização, seja pelo voluntariado ou por doações. É possível doar por meio da central de captação ou também pelo site http://laramara.org.br/doe/, e o cidadão pode escolher qualquer quantia para ajudar. Para quem mora em São Paulo, também é possível escolher a Laramara para receber doações automáticas por meio da nota fiscal paulista.
Fonte: Tacla Consultoria de Comunicação