A liderança empresarial nas crises convergentes, as ferramentas e convênios necessários para o alcance pleno da Agenda 2030 e o papel crítico de uma abordagem baseada em princípios. Essas são algumas das diretrizes elencadas no Leaders Summit, Cúpula de Líderes do Pacto Global que integrou as atividades da 78ª Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas (ONU).
Tais metas foram ressaltadas no encontro que ocorreu no dia 19 de setembro em Nova York e reuniu líderes corporativos e governamentais, funcionários da ONU, partes interessadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e profissionais da sociedade civil para avaliações e contribuições para o avanço dessas agendas.
Um dos assuntos abordados foi o progresso das iniciativas atreladas aos ODS. De acordo com o relatório do Pacto Global das Nações Unidas “Accenture Global Private Sector Stocktake”, atualmente, 15% das metas dos ODS estão no bom caminho, 48% são considerados fracos e insuficientes e 37% estagnados. O documento mostra, ainda, que, dos 2,8 mil líderes corporativos entrevistados, 94% acreditam nos ODS como uma visão global unificadora.
Também ganhou espaço nas discussões a alta dramática dos desafios globais interligados, que força empresários a ingressarem em novos níveis de incerteza. Com isso, ressaltou-se o apelo para maiores diálogos e parcerias, assim como a criação de condições que gerem equilíbrio com a natureza e as energias limpas.
As ações visando ao alcance dos ODS também integraram a CEO Water Mandate, iniciativa que ocorreu em parceria com o Pacific Institute dentro da Assembleia Geral. Por meio de fóruns, empresas puderam partilhar boas práticas e estabelecer parcerias para enfrentar os desafios hídricos urgentes, como escassez, qualidade, acesso à água e saneamento.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em um planeta com 8 milhões de habitantes, 26% da população mundial não têm acesso à água potável, ou 2 bilhões de pessoas. Essa foi uma das realidades abordadas na cúpula, assim como o fato de que 46% das pessoas no mundo não contam com serviços de saneamento seguros. Assim, umas das ambições destacadas é de que as empresas desenvolvam resiliência hídrica nas operações, cadeias de abastecimento e em 100 bacias com escassez de água.
Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, diretrizes e experiências, assim como os avanços, de acordo com os 10 princípios do Pacto Global, foram expostos na conferência. Ele ressalta, ainda, que uma nova bandeira, novidade entre as iniciativas das instituições da América Latina, foi defendida pela organização: a necessidade de uma visão ampliada para a unificação da profissão de relações públicas, a elevação de padrões profissionais em todo o mundo e a partilha de conhecimentos, assim como já defende a Aliança Global para Relações Públicas e Gestão da Comunicação.
“Membro da Sociedade Interamericana de Imprensa, a LAQI reafirmou toda a trajetória relacionada ao Pacto Global, absorveu novos insights e destacou essa nova necessidade: uma comunicação pautada pela ética. Com isso, esperamos, em breve, que essa pauta se torne uma nova meta dentro dos ODS”, comenta.
Presente no Leaders Summit, o vice-presidente para SDG Ambition da LAQI, Douglas Roger Da Costa, ressalta a importância da participação nessas cúpulas. “Estivemos em Nova York participando do Leaders Summit, um evento do Pacto Global, que cobriu diversos assuntos relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A LAQI, mais uma vez, reafirma seu compromisso com o Pacto Global e continuará trabalhando na implementação dos ODS em linha com a Agenda 2030”, conclui