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Bancários buscam certificações para sobreviver às mudanças do mercado

São Paulo, SP 17/9/2020 – Em breve cargos que atuam na linha de frente em agências tradicionais deixarão de existir e descortinarão oportunidades em outras áreas.

Equipes de bancos e cooperativas investem em cursos preparatórios para exames de certificações financeiras. “Selo de qualidade” é visto como diferencial por gestores e abre portas na carreira.

O avanço da tecnologia, bem como as demandas cada vez mais personalizadas de atendimento, configuram um caminho sem volta no mercado de investimentos. Para sobreviver, o profissional deve buscar conhecimento e se antecipar às tendências, que apontam mudanças estruturais importantes no setor.

De acordo com Ronaldo Cerqueira, consultor de carreiras, “em breve cargos que atuam na linha de frente em agências tradicionais deixarão de existir e descortinarão oportunidades em outras áreas”. E os bancários sabem disso, ou melhor, sabem exatamente onde devem mirar para impulsionar a carreira: nas certificações.

No Brasil, diferente do que ocorre nos Estados Unidos, as certificações não são obrigatórias para quem trabalha dentro dos bancos, mas existe um movimento de valorização dos profissionais certificados dentro das instituições.

Há pouco mais de dois anos, a Caixa passou a exigir a CPA-20 para todos os gerentes de contas das agências, independente do segmento em que atuam. No Bradesco, o programa #certificaBRA incentiva gerentes de varejo e Prime (que atendem clientes de alta renda) para que busquem as certificações CPA-20 e CEA, destinada para aqueles que prestam consultoria em planejamento de aplicações – os chamados especialistas de investimentos.

Equipes de outras instituições também se articulam para incluir a certificação no currículo. Em agosto, nove colaboradores do Sicoob participaram do curso preparatório para certificações da EMB Escola de Investimentos. Em setembro, uma turma com 30 alunos do Itaú também se reunirá com professores da EMB para focar nos estudos e passar nas provas aplicadas pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

O economista Fabio Louzada, da EMB Escola de Investimentos, é egresso do setor bancário e viu na própria saga em busca das certificações uma oportunidade. “Na minha época, há 12 anos, não existia incentivo, notei a escassez de materiais que preparassem os profissionais para os exames de certificação. Criei a startup de educação Eu Me Banco em 2019 com esse propósito, inicialmente dando suporte para quem, assim com eu, percebeu a importância de ter esse selo de qualidade para se diferenciar no mercado”.

Com o tempo cresceu também a demanda das próprias instituições por cursos para preparar funcionários para certificações. Para realizar os atendimentos B2B, Louzada fundou em agosto a EMB Escola de Investimentos, que leva a expertise da Eu Me Banco – que já atendeu mais de 5 mil alunos – para equipes de bancos e cooperativas de todos os estados do Brasil.

128 mil profissionais têm CPA-20 e CEA no país

Segundo o Sumário Estatístico de Certificação da Anbima, no Brasil pouco mais de 119 mil profissionais têm a certificação CPA-20 e outros 9.212 possuem CEA (dados obtidos em junho de 2020). O número de certificações emitidas é um pouco maior, porém, uma parte dos profissionais deixou a certificação vencer.

Os anúncios de fechamento de agências e tendência à extinção de vagas no sistema bancário deu início a uma corrida por capacitação para pleitear promoções internas ou recolocação profissional em vagas destinadas a especialistas de investimentos.

“É questão de tempo até as certificações deixarem de ser um plus para se tornarem obrigatórias nos bancos. Fora do sistema bancário, as certificações CFP e ANCORD já são obrigatórias para planejadores financeiros e agentes autônomos de investimentos. A mudança está acontecendo e as instituições tradicionais precisam rever a política de certificações. Os investidores estão mais bem informados do que nunca e precisam de especialistas qualificados para perceber valor no atendimento”, argumenta Fabio Louzada.

Por conta da pandemia de Covid-19, a EMB realiza aulas ao vivo pela plataforma Zoom, com data e hora marcadas, onde os alunos interagem com dois professores. A ideia é também realizar o atendimento in loco nas instituições que desejarem ver seus colaboradores à frente da concorrência, certificados com CPA-20 ou CEA.

Além das aulas, a escola fornece acesso à plataforma de estudos com videoaulas e simulados pelo período de três meses e suporte com professores no Telegram. Para mais informações, basta acessar http://materiais.eumebanco.com.br/emb-escola-de-investimentos.

Website: http://www.eumebanco.com.br

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