Belo Horizonte 13/5/2021 – Em São Paulo, foram contabilizadas mais de 140 mil transações de compra e venda entre abril de 2020 e março de 2021
Cidades do interior do estado também registram alta no mercado imobiliário. Já a capital carioca mostra recuperação, mas queda no acumulado dos últimos 12 meses
Levantamento realizado pelo Registro de Imóveis do Brasil (RIB) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostrou que, mesmo em meio à pandemia, o mercado imobiliário se manteve aquecido. Em São Paulo, foram contabilizadas mais de 140 mil transações de compra e venda entre abril de 2020 e março de 2021, período em que as consequências da Covid-19 foram mais sentidas. Isso representa um crescimento acumulado de 12,4% em relação ao mesmo período de 2019 e 2020. Só em março deste ano, foram realizadas 14.636 negociações – número 9,5% maior que o de fevereiro de 2021 e 50% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
No interior do estado de São Paulo, o mercado também se mostra aquecido. Em Ribeirão Preto, mais de 17 mil transações de compra e venda foram registradas durante o período da pandemia (+26,3%). As movimentações realizadas em março superam em 70% as do mesmo período do ano passado e em 26% as de fevereiro deste ano. Já em Santos, o crescimento no acumulado dos últimos doze meses foi de 17% e os registros de compra e venda de março foram 60% maiores do que os números de março/20 e 34,7% maiores que os de fevereiro deste ano.
Mercado em recuperação
No Rio de Janeiro, os números são negativos. Apesar de mostrar uma tímida recuperação, o mercado de imóveis não obteve desempenho positivo durante o primeiro ano da pandemia. Nos últimos doze meses, foram registradas 46.372 transações de compra e venda de imóveis na capital carioca – uma queda de 5% em relação ao período de abril de 2019 a março de 2020. O número total de registros no último ano, inclusive, foi o menor dos últimos nove anos.
Porém, em março deste ano, a quantidade de registros de compra e venda de imóveis foi 43,5% maior do que a registrada em fevereiro e 25% maior do que a do mesmo período do ano passado. Os dados dos últimos meses têm sido positivos em relação ao mesmo período do ano anterior, o que indica um reaquecimento do mercado.
Região Sul
As medidas de distanciamento social parecem ter aumentado a busca por um lar mais confortável no Sul do país, já que o volume de transações de compra e venda registrou aumentos consideráveis em algumas cidades. É o caso de Florianópolis, que acumulou um crescimento de 12% nos registros durante o primeiro ano da pandemia. Os números de março foram ainda mais expressivos: 109,6% maiores em relação ao mesmo período do ano passado e 6,6% maiores do que os registrados em fevereiro.
Em Maringá e Joinville, o crescimento de operações de compra e venda durante a pandemia foi de 20,3% e 14,1%, respectivamente. Em Curitiba, a pandemia também parece ter refletivo positivamente no mercado imobiliário, com aumento de 3,7% nas transações nos últimos 12 meses.
Nordeste e Centro-Oeste
Em Fortaleza, houve um aumento de 3,3% nas transações de compra e venda durante a pandemia. Os registros do mês de março, apesar de terem sido 18% inferiores aos de fevereiro, foram 83,5% maiores que os do mesmo período do ano passado.
Mas os últimos doze meses não foram tão positivos em Recife, com queda de 11,2% no volume de transações. Apesar disso, o mercado parece estar dando sinais de melhora, já que os resultados de março foram 40,6% e 21,2% maiores do que os de fevereiro/21 e março/20, respectivamente.
Assim como em Fortaleza, o número de registros de compra e venda durante a pandemia cresceu 20,4% em Campo Grande. Os resultados de março também mostram um mercado aquecido, com números 56,3% e 35% maiores que os do mesmo período do ano passado e os de fevereiro deste ano.
Indicadores do Registro Imobiliário
Os Indicadores são disponibilizados mensalmente pelo Registro de Imóveis do Brasil, entidade que congrega as associações estaduais e representa mais de três mil unidades de registros de imóveis. Os dados são trabalhados de acordo com a metodologia desenvolvida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.