Dados do Relatório Semestral de Ameaças Cibernéticas de 2024, elaborado pelo SonicWall Capture Labs, revelam um aumento de 11% nos ataques cibernéticos entre 2023 e 2024 e destaca a persistência e a sofisticação crescente das ameaças. O relatório, que passou por uma transformação significativa, agora inclui o tempo como um fator na medição de dados críticos de ameaças e, pela primeira vez, vincula ataques a impactos comerciais tangíveis, como o risco potencial de perda de receita.
De acordo com o estudo, a América Latina foi particularmente afetada, com um aumento de 51% nos ataques de ransomware em relação ao ano anterior. Segundo o documento, o criptojacking também é uma preocupação crescente, com a Colômbia e o Brasil ocupando o terceiro e quarto lugares, respectivamente, no ranking global de países alvos desse tipo de ataque. Além disso, houve um aumento de 67% nos ataques focados em dispositivos IoT na região. O relatório revela ainda, que o volume total de malware global cresceu 30% na primeira metade de 2024, com um aumento impressionante de 92% apenas em maio.
Bob VanKirk, presidente e CEO (Chief Executive Officer ou Diretor Executivo) da SonicWall, explica que à medida em que os criminosos digitais continuam a adicionar táticas mais eficientes e sofisticadas, o relatório de ameaças precisou evoluir para atender às necessidades dos parceiros e clientes da companhia. “O relatório evidenciou que, em média, as empresas estavam sob ataque crítico por 1.104 horas, comparado a 880 horas de trabalho no mesmo período”, disse VanKirk.
“Os dados e exemplos encontrados no relatório fornecem fatos da vida real de como atores maliciosos astutos e rápidos operam, ressaltando que as defesas tradicionais de cibersegurança muitas vezes se mostram as mais confiáveis”, disse Douglas McKee, diretor executivo de pesquisa de ameaças da SonicWall. Para McKee, os dados não são apenas um recurso; mas sim, a linha de frente contra o cibercrime, revelando insights críticos que informam a alocação de recursos e possibilitam medidas de cibersegurança direcionadas e proativas.
Já Juan Alejandro Aguirre, diretor de soluções de engenharia da América Latina, enfatiza que de acordo com o relatório, implementar ferramentas para a detecção de ameaças em tempo real e desenvolver um sólido plano de resposta a incidentes pode ajudar a mitigar e conter rapidamente os ciberataques. “É estratégico analisar o uso de um serviço de MDR para adicionar, além de detecção de ameaças 24 horas por dia, 7 dias por semana, uma camada humana a essa estratégia”, concluiu Aguirre.