Conforme apontado no relatório de Sondagem Indústria da Construção, publicado no Portal da Indústria, a maioria dos índices de expectativas para os próximos meses na Indústria da Construção registrou uma leve queda, mas ainda permanecem acima dos 50 pontos, indicando um cenário de crescimento moderado. Segundo os dados apresentados, a perspectiva geral continua positiva, embora menos intensa do que em meses anteriores. Todos os índices têm variado relativamente próximos da linha de 50 pontos ao longo do ano.
O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços, por exemplo, apresentou uma redução de 0,8 ponto, passando de 52,5 pontos em maio para 51,7 pontos em junho de 2024, de acordo com o relatório. Este movimento, conforme informado na publicação, indica uma desaceleração no otimismo quanto ao lançamento de novos projetos. Ainda assim, o índice se mantém em território positivo, acima da linha dos 50 pontos.
Os índices de expectativa de compra de insumos e matérias-primas e de expectativa do número de empregados também apresentaram quedas. Em ambos os casos, os indicadores caíram 1,1 ponto, atingindo 51,6 pontos em junho de 2024. Esses dados apresentados no relatório, podem refletir uma redução na confiança do setor em relação ao aumento de mão-de-obra e aquisição de materiais.
Por outro lado, o estudo mostra que o índice de expectativa em relação ao nível de atividade foi o único que registrou alta no período. O relatório aponta um aumento de 0,4 ponto, alcançando 53,7 pontos em junho. Este resultado apresenta uma expectativa de maior movimentação e dinamismo nas atividades já em andamento.
José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que do ponto de vista da locação de equipamentos para a construção civil, esses dados sugerem algumas implicações práticas e estratégicas. Primeiramente, a redução no índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços, que passou de 52,5 pontos em maio para 51,7 pontos em junho, indica uma menor demanda imediata por equipamentos de grande porte, frequentemente necessários para o início de novos projetos. No entanto, como o índice ainda está acima dos 50 pontos, isso aponta para um volume de negócios ainda significativo, apenas menos acelerado. “As empresas do setor da construção devem ficar atentas e analisar os dados para avaliar se o que está sendo planejado para o futuro está de acordo com o que está sendo apresentado através de estudos sobre o momento atual e dessa forma alinhar as expectativas sem deixar de pensar em melhorar processos e a qualidade de produtos e serviços oferecidos”.
Ainda sobre a publicação, que pode ser analisada através do link informado no início da matéria, nota-se que o índice de intenção de investimento da indústria da construção também apresentou um crescimento. Conforme informado no estudo, houve um avanço de 0,7 ponto, passando de 45,9 pontos em maio para 46,6 pontos em junho de 2024. Este aumento afasta ainda mais o índice da média histórica de 37,5 pontos, sinalizando uma disposição crescente das empresas em investir, especialmente no segmento de Obras de Infraestrutura, que teve um incremento de 1,8 ponto.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que para o futuro, é crucial que as empresas de locação de equipamentos se adaptem a essas tendências, focando em flexibilidade e eficiência operacional para atender às demandas de um mercado que, embora cauteloso, continua a evoluir. Planejar a manutenção e atualização do inventário de equipamentos como acontece na unidade da empresa de locação de equipamentos em Ipiranga, São Paulo, além de investir em soluções tecnológicas que aumentem a produtividade, será essencial para atender às necessidades do setor e capturar as oportunidades de crescimento que surgirão.