Toxina botulínica pode prevenir envelhecimento do pescoço
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Toxina botulínica pode prevenir envelhecimento do pescoço

Uma análise feita por pesquisadoras do Centro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Oswaldo Cruz concluiu que a aplicação de toxina botulínica é uma alternativa viável para a prevenção do envelhecimento cutâneo na área do pescoço. O estudo analisou 18 artigos que tratam de procedimentos para rejuvenescimento do pescoço para investigar os efeitos da aplicação da toxina botulínica no pescoço e sua interação com outros procedimentos estéticos.

Esta toxina, mais conhecida como “botox”, é uma proteína neurotóxica produzida por bactérias do gênero Clostridium. Ela atua como inibidora da liberação de acetilcolina durante a contração de determinado músculo, impedindo a formação de rugas e linhas de expressão.

Segundo o estudo, a aplicação de botox no músculo platisma, que cobre a parte anterior e lateral do pescoço, poderia impedir sua contração excessiva e melhorar o contorno mandibular e ângulo da mandíbula. É natural que,  com o envelhecimento, este músculo perca o tônus e forme a convexidade conhecida como “papada”.

Ana Carulina Moreno é médica dermatologista no Rio de Janeiro e explica que a aplicação de botox no pescoço “melhora o contorno facial, prevenindo a formação do ‘buldogue’ e da ‘papada’, além de ajudar a prevenir as rugas do pescoço”. Durante muito tempo, o único tratamento para o rejuvenescimento da área do pescoço era a cirurgia plástica, informa o estudo das pesquisadoras do Centro Oswaldo Cruz.

Diferentemente de uma cirurgia, a aplicação de botox é considerada um procedimento minimamente invasivo e exige menos cuidados por parte da paciente. “Orientamos quanto a cuidados simples, como evitar massagear os locais de aplicação logo após o procedimento e evitar exposição solar”, informa Moreno.

O estudo conclui que a aplicação de toxina botulínica no pescoço de forma preventiva é capaz de retardar o envelhecimento da região, diminuir a formação de rugas e a papada causados pela ação do músculo platisma. O estudo recomenda intervalos de 3 a 4 meses entre cada aplicação. 

“Todos os pacientes acima de 35 anos têm indicação para prevenir a perda do contorno facial e rugas do pescoço. Isso faz parte do gerenciamento do envelhecimento facial, como prevenção e tratamento”, finaliza a dermatologista.

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