A recente publicação feita pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), revelou que as vendas de máquinas da linha amarela, destinadas à movimentação de terra, devem sofrer uma retração no resultado final de 2023. Segundo apontado pela publicação, a estimativa é de uma diminuição de 21%, totalizando 31 mil unidades comercializadas, em comparação com o ano anterior, 2022. O texto ainda mostra que dados das vendas em 2022, quando o setor alcançou o melhor patamar de vendas desde 2007, com 39,3 mil unidades vendidas.
O conteúdo publicado informa que os dados foram apresentados pelo coordenador do estudo, Mario Miranda, durante o evento Tendências no Mercado da Construção. Segundo a entidade, esse declínio é resultado de diversos desafios enfrentados pelas empresas do setor, como a dificuldade na obtenção de crédito devido aos juros mais altos, a realização de menos obras de infraestrutura, um menor orçamento público destinado aos investimentos na construção e a paralisação de outros projetos.
O relatório da Sobratema afirma que o cenário é de acomodação no mercado de máquinas, indicando uma maior disponibilidade da indústria para atender às demandas dos usuários. Conforme apontado no texto divulgado pelo site Sobratema, isso resultou em um equilíbrio entre oferta e demanda, contribuindo para preços mais competitivos dos ativos. Além disso, registrou-se uma redução na frota parada para 19%, comparada a 23% em 2022, atingindo o menor percentual desde 2017, quando a média era de 50%.
No que diz respeito às categorias de máquinas, a publicação afirmou que quatro das nove apresentaram resultados positivos: caminhões fora de estrada (117%), rolos compactadores (69%), minicarregadeiras (15%) e miniescavadeiras (2%). Por outro lado, as categorias com maior volume de vendas experimentaram retração, incluindo pás carregadeiras (-30%), escavadeiras hidráulicas (-41%) e retroescavadeiras (-13%).
José Antônio Valente, diretor da empresa de franquias para construção civil Franquias Trans Obra, afirmou que o cenário de acomodação no mercado de máquinas, mencionado no relatório da Sobratema, é destacado como um ponto de equilíbrio entre oferta e demanda. A maior disponibilidade da indústria para atender às demandas dos usuários contribuiu para preços mais competitivos dos ativos. Além disso, a redução na frota parada para 19%, em comparação com 23% em 2022, representa um desenvolvimento positivo, atingindo o menor percentual desde 2017. “A publicação da Sobratema fornece uma compreensão abrangente das condições atuais do mercado de máquinas da linha amarela, oferecendo insights valiosos para empresas e profissionais do setor”.
Ainda de acordo com a publicação realizada, que pode ser acessada através do link informado no início desta matéria, a categoria “demais equipamentos”, abrangendo guindastes, compressores portáteis, manipuladores telescópicos, plataformas elevatórias e equipamentos para concreto, também apresentou uma diminuição de 6% nas vendas em comparação com 2022, totalizando 7,4 mil unidades.
O relatório ainda apontou que para o ano de 2023, a Sobratema estima um declínio geral de 13% nas vendas de máquinas para construção, alcançando 52,4 mil unidades comercializadas em relação às 60,3 mil unidades do ano anterior. Além disso, é possível observar no conteúdo publicado uma projeção para 2024. Segundo a Sobratema, para 2024, a entidade prevê um crescimento de 7% nas vendas de máquinas da linha amarela e de 6% para todo o setor de equipamentos para construção.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio disse que a expectativa de crescimento para 2024 destaca a dinâmica em constante evolução do mercado, incentivando uma análise mais aprofundada das tendências emergentes e das estratégias necessárias para enfrentar os desafios identificados.