Depois de quinze meses consecutivos de crescimento no total de participantes ativos, desde janeiro de 2022 até março de 2023, o Sistema de Consórcios, segundo a ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, só anotou uma retração em abril último, com 9,44 milhões. Voltou a avançar em maio, registrando 9,56 milhões de consorciados, com novo recorde histórico do segmento. Houve aumento de 10,9% sobre 8,62 milhões, relativos ao mesmo mês do ano passado.
O acumulado de vendas de novas cotas avançou nos primeiros cinco meses deste ano quando comparado ao do ano passado. A soma de janeiro a maio alcançou 1,63 milhão de contratos comercializados contra 1,50 milhão do mesmo período de 2022, com alta de 8,7%. Os principais destaques nas comercializações foram os percentuais de crescimento anotados nos consórcios de imóveis, com 17,3%, e nos de veículos pesados, com 15,3%.
Na somatória das novas vendas houve 642,72 mil em veículos leves; 537,72 mil em motocicletas; 276,99 mil em imóveis; 110,24 mil em veículos pesados, 39,06 mil em eletroeletrônicos; e 20,13 mil em serviços.
O volume de negócios, resultantes desses contratos de adesão, atingiu R$ 115,52 bilhões, 20,2% acima dos R$ 96,13 bilhões anteriores. Ao demonstrar uma procura por créditos maiores, o tíquete médio de maio chegou a R$ 75,77 mil, 13,9% superior aos R$ 66,53 mil daquele mês no ano passado. Paralelamente, o acumulado de consorciados contemplados de janeiro a maio totalizou 673,20 mil, 8,6% maior que as 619,88 mil, verificado naqueles cinco meses do ano passado, proporcionando liberações de créditos para as potenciais aquisições.
Na soma dos créditos concedidos nas contemplações, momentos de concretização dos objetivos dos consorciados, foram R$ 33,29 bilhões, potencialmente injetados nos diversos mercados onde a modalidade está presente, com 18,1% mais que os R$ 28,19 bilhões anteriores. Os 9,56 milhões de consorciados ativos constatados em maio deste ano acompanham a tendência de crescimento observada ano após ano, de 2014 a 2022.
“Com quase um semestre de negócios completado, o Sistema de Consórcios manteve permanente ritmo de crescimento. Entre as principais explicações sobre esse constante progresso está a maior consciência sobre educação financeira do consumidor. Com mais planejamento em suas compras, ele, o consumidor, tem procurado não se levar pelos impulsos dos imediatismos nas compras, assumindo apenas aqueles compromissos capazes de serem suportados no orçamento mensal”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, ao ter em mente que a boa gestão das finanças pessoais permitirá primeiro a realização das despesas obrigatórias, com a sobra será possível a conquista de objetivos pessoais, profissionais, familiares e até empresariais.
Rossi completa, afirmando que “os interessados têm optado pela adesão ao consórcio objetivando à aquisição de bens ou contratação de serviços considerando o menor custo final, prazos mais longos e, principalmente, pela manutenção do poder de compra”.
Recente programa de desconto favorece mais de 430 mil consorciados contemplados na compra de veículos zero quilômetro
No Programa de Desconto para aquisição de carros, ônibus e caminhões, recentemente criado pela Medida Provisória nº 1175/2023, o objetivo de baratear o preço de venda dos veículos deverá estimular o consumidor a adquirir automóveis e veículos comerciais zero quilômetro. Trata-se, para aqueles consumidores que optaram pelo Sistema de Consórcios, já contemplados e com os créditos disponíveis, de um momento bastante propício para a compra do seu veículo, uma vez que, dependendo do modelo escolhido, haverá uma economia interessante quando examinada a relação valor da carta de crédito e valor do bem.
Além de aproveitar os descontos, considerando os quatro critérios estabelecidos – fonte de energia, consumo energético, preço e densidade produtiva, que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil, os consorciados poderão utilizar os valores liberados por ocasião da contemplação e maximizar a economia ao aproveitar melhor os pacotes de incentivo divulgados pelas montadoras.
“Além de usufruírem das características exclusivas do Sistema de Consórcios como ausência de juros, mas apenas taxa de administração, prazos mais longos para pagamento e custo final menor, entre outros”, destaca Rossi, “os contemplados poderão se valer do poder de compra ou de barganha para concretizar melhor seus negócios e economizando mais”. Rossi lembra que “estar de posse de carta de crédito é o mesmo que ter dinheiro na mão para compra à vista”.
Os consorciados contemplados no Sistema de Consórcios, que ainda não utilizarem seus créditos, confirmam a modalidade como instrumento de planejamento de compra e de gestão de finanças pessoais, ao contribuir na disciplina de poupar para uso, por exemplo, no momento atual.
De acordo com a ABAC, baseada em dados de abril do Banco Central, há atualmente quase 433 mil cotas ativas de veículos leves e pesados, com créditos pendentes de utilização e valores variados, cujos consorciados poderão transformá-los em veículos novos com todas os diferenciais positivos do Sistema de Consórcios. “Por se tratar de um momento único, cuja oportunidade tem prazo de validade”, diz o presidente executivo da ABAC, “a compra não deve ser deixada para o final do prazo, em razão do possível término do valor autorizado de R$ 1,5 bilhão em poucas semanas”.
Paralelamente, a comercialização de autos zero km deverá provocar negócios também com seminovos, para os quais os valores disponibilizados pelas contemplações poderão ser utilizados “dando um upgrade no ano e no modelo do novo veículo”, complementa Rossi.
Para o setor de pesados, onde estão incluídos os caminhões voltados para o transporte dos mais variados tipos de produtos, e os ônibus, destinados ao transporte de passageiros, os critérios estabelecidos são a capacidade em termos de volumes para os caminhões, e de lotação no caso dos ônibus. Em paralelo, os valores serão de R$ 33 mil a R$ 99 mil, condicionados à entrega do usado.
“Vale destacar que as quase 55 mil cotas de consórcio ativas desse setor, com créditos pendentes de utilização e valores variados, permitirão aos consorciados a obtenção dos mesmos benefícios oferecidos aos veículos leves”, conclui.