Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 1 milhão de pessoas passam por atendimento de acupuntura e outras técnicas de medicina tradicional chinesa via SUS (Sistema Único de Saúde) anualmente. O modelo é uma das 29 Práticas Integrativas e Complementares (PICs) oferecidas de forma gratuita para a população.
Levando em consideração a atenção básica e os serviços de média e alta complexidade, existem atualmente 9.350 estabelecimentos de saúde no país ofertando 56% dos atendimentos individuais e coletivos em Práticas Integrativas e Complementares nos municípios brasileiros, compondo 8.239 (19%) estabelecimentos na Atenção Básica que ofertam PICS, distribuídos em 3.173 municípios.
“A população vem ano a ano conhecendo mais e aceitando os tratamentos pela acupuntura, não apenas por uma maior difusão nas mídias e redes sociais, mas também pelos benefícios e ganhos clínicos experimentados pelos pacientes, o que gera uma importante onda de promoção entre as pessoas”, afirma Dr. Reginaldo de Carvalho Silva Filho, Diretor Geral da Faculdade EBRAMEC.
O debate sobre as práticas integrativas e complementares no Brasil vem desde o final de década de 1970, após a declaração de Alma Ata e validada, principalmente, em meados dos anos 80 com a 8ª Conferência Nacional de Saúde, um espaço legítimo de visibilidade das demandas e necessidades da população por uma nova cultura de saúde.
Respaldado pelas diretrizes da Organização Mundial de Saúde, o Ministério da Saúde aprovou através da Portaria GM/MS no 971, de 3 de maio de 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC).
Acupuntura no Brasil
Há décadas presente no país, a prática da acupuntura passa, atualmente, no Senado, por um processo de regulamentação do exercício profissional, que poderá autorizar a prática do método terapêutico por profissionais não médicos.
“A acupuntura já está bem estabelecida, mas sempre há espaço para crescimento. É importante que tenhamos profissionais bem formados e capacitados para que possam promover a técnica como uma ciência que ela é, oferecendo-a como uma opção integrada à diferentes abordagens clínicas” acredita Dr. Reginaldo de Carvalho Silva Filho.
O tratamento por acupuntura é parte de uma abordagem diferenciada ao paciente. No atendimento, geralmente o profissional deve colher as informações, analisar as queixas, sinais e sintomas, realizar as avaliações tradicionais como inspeção da língua, palpação do pulso, para então refletir e estabelecer as melhores combinações de pontos possíveis para aquele paciente, naquele momento do atendimento.
Depois dessa primeira avaliação, o profissional aplica as finíssimas agulhas de acupuntura (com espessura menores que agulhas de injeção) nos pontos específicos do corpo para que possa estimular as respostas terapêuticas no paciente. Além das agulhas, o profissional da Acupuntura conta com diferentes técnicas e recursos em seu arsenal, como o uso de moxabustão, ventosa, sementes, esferas, laser e eletroacupuntura.
“A medicina chinesa é uma racionalidade médica, uma forma de analisar e entender as condições relacionadas com a saúde e o processo de adoecimento, e tem diferentes formas de atuação, onde a acupuntura é a mais conhecida, mas também existe a Fitoterapia Chinesa, Dietoterapia Chinesa, Massoterapia Chinesa e Práticas Corporais com exercícios e meditação”, conclui o Diretor Geral.
Para saber mais, basta acessar: www.ebramec.edu.br