Empresas investem em tecnologia para modernidade do negócio
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Empresas investem em tecnologia para modernidade do negócio

Tecnologia e o mundo corporativo andam de mãos dadas. Um indicativo disto é um levantamento feito pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, diagnosticando que 85% das empresas ampliaram os investimentos em TI durante a pandemia e que ao menos 75% das organizações incluíram pautas sobre inovações em discussões de negócio.

Ainda que o estudo tenha sido realizado ao longo da pandemia, os dados apontam que as empresas não fecharam os olhos para a adesão de novas metodologias tecnológicas em seu escopo de trabalho. Pelo contrário, as empresas e seus líderes estão cada vez mais dispostos a entenderem o mundo moderno e trazer tais modernidades para seu cotidiano.

Prova disso foi a constatação de que 82% dos executivos ouvidos pela pesquisa assinalaram que as empresas estão abertas para mais investimentos em TI. Neste mesmo barco, 76% dos tomadores de decisão consideram a tecnologia como algo estratégico para suas empresas.

Na prática, empresas que produzem tecnologia já perceberam essa lacuna e estão prontas para suprir essa demanda. Ao menos é o que relata Maria Cristina Diez, engenheira de softwares e diretora-comercial da MOST, empresa provedora de soluções que apoiam processos de onboarding digital a partir de técnicas de Inteligência Artificial.

“Existem diversas razões que motivam os empresários na busca por tecnologia. Entre as principais estão a redução de custo e aumento da produtividade, ainda a melhoria nas tomadas de decisão graças a informações mais precisas e em tempo real, além da diferenciação no mercado por ser inovador e, contudo, a possibilidade de uma melhor experiência do cliente com atendimentos mais rápidos e precisos”, salienta.

Essa metodologia não fica a cargo apenas de empresas que produzem tecnologias. Outros setores também têm suas apostas. Um exemplo é a construção civil. “A engenharia civil também é impactada por estas mudanças que vêm acontecendo. Atualmente a inovação tem surgido em meio à busca da redução de desperdícios, tanto no aspecto material, quanto no aspecto operacional. Estamos em um cenário de acelerada inovação tecnológica, acompanhada de inteligências artificiais, ambientes virtuais, otimizações logísticas e operacionais”, argumenta Laura Paiva, gestora de pesquisa e desenvolvimento e sócia da Projelet, empresa de engenharia e arquitetura especializada em soluções inteligentes para a construção civil.

Laura também lidera a Cuca, uma startup do grupo Projelet, que trabalha pela otimização dos processos da empresa e de seus clientes, trazendo tecnologias computacionais que envolvem o desenvolvimento de aplicações, facilitação na implementação de tecnologias e gerenciamento de dados. Neste outro cenário, a jovem profissional justifica a atividade da tecnologia já entre os alicerces de uma construção.

“Nos canteiros de obras, podemos notar cada vez mais a preocupação com a otimização da planta através de metodologias como o Lean Construction. As necessidades de deslocamento em campo são minimizadas e como consequência ocorrem a redução de tempo e desgaste. Já a utilização da metodologia BIM para acompanhamento da construção também tem se intensificado, sendo possível rastrear as informações de execução, como datas e suprimentos utilizados através de modelos de dados e tridimensionais”, sustenta.

Na medicina novas tecnologias também são realidade. Só que desta vez o objetivo está atrelado ao consumidor final: o paciente. Em evidência está a telemedicina, ou teleatendimento, que não passa de um método de consultas, triagem ou aconselhamento à distância, por meio de sistemas informatizados a consulta ocorre on-line no computador ou telefone do paciente.

“O atendimento por telemedicina permite acesso e é capaz de resolver grande parte das demandas dos pacientes, diminuindo tempo de espera e aumentando as opções de profissionais disponíveis. Seu uso tem aumentado por uma série de fatores como a desnecessidade do deslocamento do paciente até o profissional de saúde, além da ampliação do acesso a médicos e especialidades geograficamente indisponíveis e a diminuição tempo de agendamento do atendimento, gerando agilidade. Pontos que podem gerar economia devido à ausência de deslocamento”, explica o Dr. Celso di Lascio, médico da You Saúde, operadora de planos de saúde.

Em meio a tanta novidade, a pesquisa da TOTVS e da H2R Pesquisas Avançadas traz uma preocupação referente à proteção de dados e ao combate de fraudes. Também está no radar dos executivos a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) citada por 18% dos respondentes.

“A LGPD tem a função de proteger os direitos fundamentais de liberdade, privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. As empresas devem se adequar à LGPD, pois esta estabeleceu severas consequências para as empresas que desrespeitem suas determinações como, por exemplo, a multa de até dois por cento do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, multa diária, bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização ou a eliminação destes”, explica o advogado Diogo Montalvão, sócio-administrador do escritório Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios.

Diogo ainda esclarece que essa preocupação com a LGPD é de fato importante e uma empresa que não a seguir pode ter problemas. “As empresas que violam as determinações da LGPD estão sujeitas a diversas punições, conforme será exposto a seguir. A adequação à LGPD pode ser considerada um fator benéfico para empresas que fazem negócios em outros países, uma vez que muitos destes também possuem leis de proteção de dados como, por exemplo, os países da União Europeia que estão submetidos ao regulamento”, finaliza o advogado.

Além disso, de volta ao estudo, a inteligência de dados é apontada como um dos principais desafios para 33% dos tomadores de decisão. “As tecnologias são fundamentais para garantir e manter de forma ágil e efetiva processos, melhorar a qualidade dos produtos e serviços e reduzir custos. As empresas que não investem em tecnologia estão fadadas a não serem competitivas e com isso perder agilidade, clientes e receita”, completa Maria Cristina Diez.