24/3/2022 – O seu time ganha maturidade na automatização robótica de processos à medida em que avança em sua jornada de implementação
Mais de 50% dos pequenos negócios planejam adotar processos de automação em até 10 anos; empresário comenta passo a passo a ser seguido por empresas que contratam o serviço
Apesar de apenas 36% das pequenas empresas fazerem uso de processos automatizados em seus negócios, a implementação de softwares de automação, com o uso de robôs, já integra a agenda de 60% das companhias desse porte, que planejam adotar processos de automação em até 10 anos. A informação é resultado da Pesquisa de Automação ABB Robotics 2021, conduzida pela companhia homônima.
O estudo também mostra que nas empresas de médio porte, por outro lado, o investimento em automação já está em operação, sendo adotado por 71% dos entrevistados. Marcelo Menezes, cofundador da Lean Solutions, conta que a RPA (Robotic Process Automation – Automação de Processos Robóticos, em português) é uma tendência crescente dentro da cultura de automação inteligente e transformação digital, e consiste na empregabilidade de robôs e aplicativos que são capazes de executar processos repetitivos dentro de uma organização.
“Os chamados bots de RPA funcionam como uma força de trabalho digital, que liberam seus colaboradores das ‘tarefas de formiguinha’ e trabalhos manuais sucessivos dentro de qualquer setor. Eles podem organizar e processar dados complexos não estruturados, executando processos a partir dessas informações”, afirma.
Com isso, segundo o especialista, o RPA promove a melhoria contínua da experiência dos clientes e o melhor aproveitamento do rendimento da sua equipe. “Mesmo com todos os seus benefícios, porém, implementar a tecnologia pode configurar um grande desafio para uma empresa”, diz.
Gerenciando as pessoas
De acordo com Menezes, há cinco passos essenciais dentro de uma jornada de RPA, sendo que o primeiro deve considerar que os bots são capazes de executar muitas das funções que antes seriam feitas por uma pessoa, mas que isso não anula e não dispensa o envolvimento de profissionais ao longo do processo. Pelo contrário, deve-se considerar o ERP como um jornada de longo prazo, que impacta um time de forma direta e gera mudanças operacionais e culturais nos negócios.
“Comece apresentando as ideias aos colaboradores, elencando envolvidos, atribuindo suas funções e ouvindo suas impressões. O envolvimento do pessoal de TI é essencial, bem como o levantamento dos demais profissionais melhor habilitados”, explica. “Durante o planejamento, também é importante definir critérios e objetivos claros que possam nortear as etapas de execução do projeto”.
Lidando com fornecedores
Nessa etapa, para o empresário, a oferta de soluções personalizadas deve ser considerada um grande diferencial, já que o projeto deve atender às demandas internas, de acordo com o momento em que se vive e quais as prioridades estão inseridas nele.
“Não deixe de comparar os custos de acordo com os prazos. Observe as ferramentas de RPA que serão empregadas pelo fornecedor. No mercado, há diversos fornecedores de serviços em RPA, com cartilhas distintas e entregas que variam desde consultorias até desenvolvimento de bots”, esclarece.
Etapa de testes
“Imagine que você executa um programa para realizar tarefas operacionais de maneira ininterrupta e, somente após horas, percebe que existe um erro”, propõe Menezes. “Nessas horas, o prejuízo pode ser grande e, por isso, validar a atividade dos bots em um ambiente de testes é essencial para o controle dos processos”.
Segundo o especialista, é diante de situações como esta que a empresa vai perceber se o que foi sugerido atende às suas necessidades, se os colaboradores aderiram à tecnologia e se há governança e segurança de dados. “Jamais empregue em sua rotina a RPA sem uma longa etapa de testes”.
Hora da produção
O cofundador da Lean Solutions explica que, após avaliar o desempenho dos bots ou aplicativos que foram testados e adaptados, é hora de projetar a estrutura definitiva.
“O pessoal irá programar a infraestrutura técnica, validando suas funcionalidades. Comande sua equipe enquanto os processos automatizados operam e cuide para que novos testes sejam estabelecidos ao final da produção, antes que a execução passe a ocorrer”, sugere.
Avaliação de desempenho
Menezes explica que, mesmo quando o RPA já faz parte do DNA organizacional, sua empregabilidade não deve ser definitiva e imutável. “Verifique se o projeto alcançou os critérios e objetivos planejados na primeira etapa, se o fornecedor arcou com as ofertas selecionadas na segunda etapa, se os testes feitos e se a automatização deu conta das necessidade da empresa”.
Por fim, o especialista destaca que cada etapa, do planejamento à produção, deve ocorrer alinhada às necessidades específicas de cada empresa. “Ajustes podem – e devem – ser feitos sempre que necessário. Assim, seu time ganha maturidade na automatização robótica de processos à medida em que avança em sua jornada de implementação”.
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