Dino

Técnicas artesanais e Visagismo são tendência para o setor de joias e acessórios no mercado da moda pós-pandemia

São Paulo 26/5/2021 – Rita entra com a sua expertise em produção artesanal, Tania traz sua visão de moda e eu complemento com o Visagismo. Os resultados são incríveis e impactantes.

A artesã Rita Gualberto e o casal de consultores visagistas Robson e Tania Trindade se uniram para criar uma nova coleção de acessórios artesanais com pedras e cristais naturais, diferente de tudo que existe no mercado de acessórios nacional e internacional. As peças foram desenvolvidas com base nos conceitos do Visagismo e chegam ao mercado para compor o estilo de homens e mulheres contemporâneos.

Em um ano marcado pelo advento da pandemia de COVID-19, empresas de todos os setores se viram diante de grandes desafios. De acordo com o “The State of Fashion 2020 Coronavirus Update”, o setor da moda é especialmente vulnerável a essas condições, dada sua natureza discricionária. Assim, como destaca o relatório da McKinsey & Company, os executivos de empresas da moda devem olhar além da gestão de crises e começar a reimaginar o setor o mais rapidamente possível.

De acordo com as novas projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional), o Brasil deve registrar ainda no ano de 2021 a 14ª maior taxa de desemprego do mundo. Segundo a Agência classificadora de Risco Austin Rating, o Brasil deve permanecer com taxas de desemprego acima de dois dígitos por um bom tempo ainda. Deste modo, a indústria de produção de acessórios para moda se encontra diante de expressiva disponibilidade de mão de obra e da possibilidade de investir em ideias e projetos que sejam inovadores o suficiente para impactar o mercado.

No que diz respeito a novas tendências, de acordo com a geógrafa e ativista ambiental Lívia Humaire, os cristais não podem ser ignorados. Eles estão cada vez mais presentes na composição de estilo das mais variadas pessoas, especialmente aquelas que desejam passar uma ideia de conexão com a natureza. Essa tendência pode facilmente ser observada nas redes sociais. Outros usos destacados por Lívia incluem, por exemplo, acessórios voltados ao bem-estar e ornamentos de todos os tipos. Assim, o cristal pode ser encontrado como parte da matéria-prima de uma grande quantidade de produtos, desde a bolsa até o vaso de planta. Diante desse fenômeno crescente, não é de se estranhar que o mercado da moda esteja começando a se interessar pelas possibilidades de trazer peças com cristais naturais em sua composição.

Diante desse cenário, um exemplo de como é possível se posicionar nesse momento do mercado é a iniciativa construída pela artesã Rita Gualberto em parceria com o casal de consultores visagistas Robson e Tania Trindade. Esses profissionais se uniram para conciliar a criação de uma nova coleção de acessórios que trazem cristais em sua composição, os cuidados com o meio ambiente e a possibilidade de criar postos de trabalho. Depois um cuidadoso processo de desenvolvimento, o resultado é uma linha com pulseiras, colares, braceletes, chaveiros, entre outros, tanto para o público masculino, quanto para o feminino. Formada em Fashion Styling no Instituto Marangoni (Paris), a Mestre Professora de Moda e Beleza, Tania Trindade, participou de todas as etapas do processo criativo, que teve como base os conceitos do Visagismo. Quem assina a coleção e foi responsável por construir as referências visagistas é o Mestre, doutorando e professor de Visagismo, Robson Trindade, que determina elementos como linhas, formas e texturas que o Visagismo apregoa para que a coleção tenha a melhor aderência possível ao público. De acordo com Robson: “Estamos fazendo um trabalho complementar onde a Rita entra com toda a sua expertise com as pedras e as técnicas de produção artesanal, Tania traz sua visão de moda e eu complemento com o Visagismo. Os resultados são incríveis e impactantes”.

Todas as peças da coleção são produzidas artesanalmente e usam pedras e cristais naturais em sua composição. A escolha dos materiais utilizados levou em consideração os diferentes usos e interpretações do significado dos materiais. Segundo Tania, “Durante o processo de criação, nos preocupamos em satisfazer as necessidades e os desejos de pessoas das mais variadas crenças e linhas de personalidade, temperamentos e pensamento. Por exemplo, para quem é ligado aos conceitos da Astrologia, temos pulseiras com a principal pedra de cada signo; para quem é mais ligado a questões de energia temos colares com as pedras de cada chakra. E para quem não atribui nenhuma propriedade ou significado aos materiais, temos todas as peças com um design fantástico e inovador para compor o estilo de cada um”.

Em se tratando do mercado de joias e acessórios, esse movimento criativo parece ser, além de benéfico, necessário. Para Marty Hurwitz, cofundador e CEO da MVI Marketing, o segmento precisa atentar para as limitações criadas pelas práticas antiquadas. O grande desafio está em aceitar que a indústria está atrasada. “Agora, para o consumidor, parecemos o que somos: um bando de velhos brancos criando um produto e controlando-o”, destaca o empresário. Rita Gualberto e os Trindade, por outro lado, sempre buscaram trazer ao mercado nacional e internacional, peças contemporâneas, de qualidade e acessíveis a todos os públicos, demonstrando um movimento de vanguarda que a indústria em geral ainda não percebeu. E, além disso, ainda criam oportunidades de trabalho para artesãos que também estão sofrendo com a crise econômica mundial desencadeada pela pandemia.

No que diz respeito às técnicas empregadas por Rita Gualberto, a artesã explica que a base do processo vem do macramê, uma das formas mais manuais de artesanato. De origem árabe, a palavra “macramê” significa franja e trata de uma forma de tecelagem com o uso de nós, sem o uso de nenhum tipo de ferramenta como agulhas ou máquinas. O resultado depende unicamente da habilidade do artesão para manusear as fibras e chegar a um resultado firme e delicado. Rita destaca, ainda, que na arte não existem limites e outras referências de trançado como os das tribos brasileiras também foram levados em consideração em seu trabalho.

Um dos benefícios do uso de técnicas artesanais para a produção é a possibilidade de oferecer emprego a uma parcela da população que não conta com uma formação acadêmica e, por isso, acaba sendo economicamente  mais vulnerável. Mesmo sem experiência, os interessados podem aprender o manuseio das fibras e, sob a orientação de Rita, são rapidamente inseridos no processo de produção das peças. 

Referências:

https://www.mckinsey.com/

https://www.metropoles.com/

https://birodevisagismo.com.br/

https://www.instagram.com/robsontrin10/

https://nowaste.medium.com/seu-cristal-de-bem-estar-9412ac761eb2

Website: https://birodevisagismo.com.br/

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *