ribeirão preto, sp 30/11/2020 –
O trabalho em rede, formado por um time de profissionais em esforço contínuo para amparar os franqueados e solucionar os desafios em prol de resultados mútuos, segundo a Wowe, também corroboram com essa retomada
Não é de hoje que o franchising vem apresentando índices positivos em diferentes frentes: faturamento, número de unidades franqueadas, tipos de operações, modelos de negócios, variedade de segmentos, entre outros. E, mesmo com a crise instaurada pela COVID-19, nota-se, pelas estatísticas divulgadas recentemente pela ABF (Associação Brasileira do Franchising) e AGP, que a recuperação econômica no universo das franquias está sendo mais célere do que em outros setores, uma vez que a queda da receita saiu de 48,2% em abril para 7,2% em julho.
Paralelo a isso, as microfranquias, que possuem investimento inicial de até R$ 90 mil, e que geralmente são as responsáveis por cerca de 60% das buscas por um novo negócio no Portal do Franchising, da ABF, no período de maio, junho e julho apresentaram um crescimento de 14% na pesquisa, quando comparado com os três meses antecedentes.
Segundo a CEO da Wowe, Ana Paula Ferreira, um dos principais fatores que impulsionam essa busca é justamente a retomada positiva das redes franqueadoras atrelada ao fato de que muitos empreendedores perderam seus empregos e querem investir o valor da rescisão em um novo negócio. “Importante notar que essa retomada do crescimento das franquias ocorre justamente pelo fato das redes estarem mais estruturadas para lidar com as oscilações de mercado do que os demais tipos de negócios. Quando você faz parte de uma rede que já tem um histórico de atuação no mercado e já enfrentou outras crises, fica menos árduo o processo nos períodos de baixa, pois muitos entraves já foram previamente mapeados. Além disso, fazer parte do franchising significa ter um time de profissionais pensando em soluções para toda a rede, num esforço contínuo para amparar e dar suporte aos franqueados, entendendo as dificuldades, alterando rumos e vislumbrando resultados mútuos”, explica a especialista.
Não obstante, o franchising vem sendo reconhecido como uma opção segura de investimento em relação aos que optam por trilhar o caminho solo. Isso porque, em rede, há um espaço maior de aprendizado e compartilhamento de ideias, tendências, soluções e metodologias de trabalho. “Na Wowe, por exemplo, construímos um novo modelo de negócio 100% online para o mercado de correspondência bancária num momento em que a demanda por negócios digitais cresceu vertiginosamente. Mas, para que isso fosse possível, tínhamos de já ter conhecimento prévio dos processos e todo um histórico de atuação no mercado para conseguir inová-los com segurança e esse é justamente o ponto sensível que diferencia uma franquia de um negócio próprio solo: o know-how e as várias ferramentas disponibilizadas pelo franqueador para o franqueado escalar melhor o negócio e com mais agilidade”, ressalta Ana.
De acordo com a especialista, essas estatísticas batem de frente com a máxima: “uma ideia na cabeça, uma oportunidade nas mãos”. “Muito embora haja uma ideia sólida na perspectiva do empreendedor quanto a determinado nicho, se ele nunca adentrou esse mercado, ele só conseguirá conhecer bem seus aspectos, nuances, comportamentos e resultados após testá-lo, e quando se tem pressa e pouco investimento para arriscar, a “tentativa e erro” não é uma opção”, alerta Ana.
Nesse sentido e após esse longo e desafiador período da pandemia, as orientações da especialista são para que o investidor identifique um negócio compatível ao seu perfil, verificando segmentos, operações e redes que conseguiram abarcar as demandas de seus franqueados e, ao mesmo tempo, viabilizar novas oportunidades. “Alguns setores registraram um crescimento até maior durante a quarentena, como os categorizados em Serviços e Outros Negócios pela ABF, na qual se encontram os negócios dedicados ao mercado de crédito, com crescimento de 9% no faturamento em comparação com julho do ano passado”, finaliza a porta-voz.
Após 15 anos gerenciando call center na área de telecomunicação, Ana Paula Ferreira decidiu ingressar, em 2017, no mercado de correspondência bancária. Em três anos, implementou sua expertise adquirida no call center neste segmento, inovando o modus operandi dos correspondentes bancários no País, passando a ofertar esse atendimento de maneira 100% digital e exclusivamente remoto. Atualmente a empresa comercializa cerca de R$ 70 milhões de crédito ao ano e, em 2020, iniciou a formatação do negócio para o sistema de franchising, lançado, agora, oficialmente ao mercado, já homologado pela ABF.