27/11/2020 –
Como o transporte rodoviário de carga não é feito no mesmo espaço físico da sede, monitorar o veículo (carga) e, enquanto isso, comunicar-se com o caminhoneiro é essencial para a gestão de ocorrências
A pandemia de covid-19 durante 2020 evidenciou, ainda mais, os benefícios da digitalização das operações de empresas transportadoras. O que era, muitas vezes, visto como interessante e bom passou a ser compreendido como necessário.
Ainda que as operações delas sejam genuinamente físicas (carregar/descarregar caminhão e transportar mercadorias), toda a parte de planejamento, documentação, monitoramento, comunicação e movimentação financeira está diretamente inserida dentro das operações digitais. A utilização da tecnologia, nesses casos, não se relaciona meramente às novas formas de trabalho oriundas do isolamento social e do home office.
Fazer a composição de carga é um grande “quebra-cabeça” nas empresas transportadoras e, quase sempre, o resultado é a percepção de que o veículo está menos ocupado do que deveria.
Como o transporte rodoviário de carga não é feito no mesmo espaço físico da sede, monitorar o veículo (carga) e, enquanto isso, comunicar-se com o caminhoneiro é essencial para a gestão de ocorrências. Essa integração melhora o nível de serviço, pois fornece mais visibilidade e controle de horários de coleta e entrega nos pontos de parada. Além disso, é possível ofertar viagens para os TACs parceiros e dar mais transparência da operação para o embarcador e os demais envolvidos no processo.
Ademais, o trabalho das empresas importadoras inclui – assim como todo negócio – a movimentação financeira para pagamento de salários aos motoristas.
A boa notícia é que, hoje, existem soluções para todas as ocasiões mencionadas, com a utilização de uma mesma plataforma para todos esses serviços: o Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI). Por meio dele, é possível trocar informações entre dois ou mais agentes de maneira padronizada. Também pelo EDI que é feita a emissão da documentação obrigatória em cada entrega/viagem, tais como CIOT, CT-e e MDF-e.
É inquestionável que a digitalização está cada vez mais presente em todas as operações de uma cadeia produtiva e, com as transportadoras, esse movimento segue a mesma direção, otimizando o carregamento, facilitando o fluxo de informações e viabilizando a emissão de documentos.
*Gustavo Loch é professor da Universidade Federal do Paraná e apoia a equipe de desenvolvimento de soluções logísticas da Nimbi, empresa de tecnologia especializada em supply chain management, com soluções que aumentam a produtividade e geram economia para as organizações.