Por Paul Santana
Superar é perdoar?
Nesta época de fim de ano, algumas mensagens comuns entre familiares, amigos e colegas de trabalho são escritas com temas sobre a superação ou sobre o perdão.
As pessoas, por circunstâncias sociais, mudam o olhar diante de um fato ou pessoa. Algumas não entendem a diferença entre superar e perdoar.
De forma mais comum superar é parar de pensar em um fato ou em algo que alguma pessoa fez. Retirar da mente e esquecer.
O perdão é um sentimento muito mais complicado de acontecer de fato e muitos pensam que perdoam, mas apenas esquecem. Perdoar é não reter nenhum sentimento sobre um acontecimento desagradável.
Daí, que especialistas afirmam que essa sensação de que no fim de ano é preciso superar, perdoar não passa de uma imposição social, que nada vale no dia seguinte.
Os sentimentos, medos ou decepções continuam guardados nas mentes, ocupando o mesmo espaço. Como se fossem uma pasta de arquivos do computador que a pessoa não abre, mas que continua no HD da máquina.
A superação de uma decepção ocorre quando algo muito melhor acontece de fato na vida de uma pessoa. Não é regra que depois de superar vem o perdão.
Também é falado que o perdão ajuda a manter até o organismo em saúde perfeita. Porém, nos tempos de 2019, o perdão que mais ouvimos é o famoso da tecla “foda-se”. Sim, a maioria prefere esse comportamento.
Isso é bem explicável porque perdoar não é simples, fácil e nem mágico. Assim como, superar.
Qual a melhor maneira de viver esse dilema? Entenda melhor como você se sente, qual sua capacidade e não force seus sentimentos apenas para fazer bonito com os familiares, amigos ou colegas de trabalho. O fim de ano passa e começa tudo de novo em janeiro.
Pal Santana é jornalista e escritor.
