Produção de bicicletas deve crescer 17,4% em 2022 segundo a Abraciclo

São Paulo, SP 27/1/2022 –

O ano de 2022 promete ser de retomada para a produção de bicicletas dos fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus – PIM. A projeção feita pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo, diz que a expectativa é produzir 880 mil unidades em 2022, uma alta de 17,4% em comparação às 749.320 bicicletas que saíram em 2021.

O ano de 2022 promete ser de retomada para a produção de bicicletas dos fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus – PIM. Em projeção divulgada pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo, a expectativa é produzir 880 mil unidades em 2022, uma alta de 17,4% em comparação às 749.320 bicicletas que saíram das linhas de montagem em 2021.

Cyro Gazola, vice-presidente do Segmento de Bicicletas, acredita que o setor deverá retomar gradativamente o ritmo de produção, depois de passar por um ano bastante conturbado.

“Além de todo o impacto da pandemia nas linhas de produção, a escassez de peças e componentes travou o ritmo das unidades fabris. Esse problema ainda vai persistir por mais alguns meses, mas acreditamos que em uma intensidade menor. Dessa forma, teremos capacidade para atender à demanda que mantém tendência de alta”, explicou o executivo.

Para atingir a meta estabelecida, as associadas da Abraciclo trabalham em melhorias na infraestrutura e em novas tecnologias nas linhas de produção. Duas fabricantes anunciaram no final de 2021 ampliação da capacidade produtiva, visando atender ao aumento de pessoas que aderiram ao hábito de pedalar durante a pandemia.

A Abraciclo ainda credita que o aumento da procura por bicicletas acontece pelo desejo do consumidor em um buscar um transporte mais seguro e uma vida mais saudável. Além disso, a bicicleta também passou a ser instrumento de trabalho para os profissionais que atuam nos serviços de entrega, setor que só cresce no Brasil. A constante alta nos preços dos combustíveis também ajuda a impulsionar a procura pelo modal.

 “Com mais pessoas pedalando, são necessários mais investimentos na melhoria da malha cicloviária para garantir segurança aos ciclistas”,

Fechamento 2021

As fabricantes de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM produziram 749.320 unidades em 2021, representando um aumento de 12,6% na comparação com 2020, quando foram produzidas 665.186 bicicletas. O volume ficou 8,6% abaixo da expectativa da Abraciclo, que era de fabricar 820.000 bicicletas.

“A falta de insumos foi o principal gargalo para a retomada do nosso segmento. Tivemos muitos problemas devido à escassez de peças e componentes que dificultou a montagem de alguns modelos e limitou o processo produtivo”, disse Gazola.

O executivo ainda ressaltou que 50% dos itens de uma bicicleta são importados de fornecedores globais. Entre eles, estão sistemas de freios, transmissões, suspensões e selins.  

Em 2019, as fabricantes fecharam o ano com 919 mil unidades produzidas, revelando que os números ainda seguem abaixo dos níveis pré-pandemia. Diante do cenário, houve um aumento de preço em todas as modalidades de bicicleta, já que a demanda também aumentou mesmo na quarentena.

Bicicletas elétricas em alta

A categoria que mais cresceu, em termos percentuais em 2021, foi a de bicicletas elétricas. Em 2021, foram fabricadas 10.294 unidades, volume 119% superior ao registrado em 2020, de 4.701 bicicleta. Apesar de representar 1,4% do volume de produção, os números mostram uma tendência do mercado em relação a esse tipo de produto.

MTB segue no topo

A categoria mais produzida foi a Moutain Bike (MTB), com 465.095 unidades, o que corresponde a 62,1% do volume total produzido no Polo de Manaus.

“A Moutain Bike encara qualquer tipo de terreno: pode ser usada nos deslocamentos diários e para a prática esportiva. Essa versatilidade caiu no gosto dos brasileiros, que agora também estão descobrindo as vantagens de ter uma bicicleta elétrica. É uma opção para quem quer aderir ao transporte limpo e sustentável”, diz Gazola.

Em 2021, foram exportadas 28.414 bicicletas, o que representa alta de 96,3% na comparação com 2020, quando foram exportadas 14.473 unidades.

De acordo com levantamento do portal Comex Stat, que apura os embarques totais de cada mês e que foram analisados pela Abraciclo, os países do Mercosul foram os principais destinos dos produtos brasileiros:

Paraguai (14.291 unidades e 50,3% do volume total exportado), Uruguai (11.182 unidades e 39,4%) e Bolívia (2.179 unidades e 7,7%).

Resultados de dezembro

A produção de bicicletas totalizou 25.370 unidades em dezembro de 2021.  Na comparação com o mês anterior, quando 74.078 bicicletas saíram das linhas de montagem, houve retração de 65,8%. Em relação a dezembro de 2020, o saldo também é negativo: 35,6% menor. Naquele mês foram fabricadas 39.400 unidades.

A produção de bicicletas totalizou 25.370 unidades em dezembro de 2021.  Na comparação com o mês anterior, quando 74.078 bicicletas saíram das linhas de montagem, houve retração de 65,8%. Em relação a dezembro de 2020, o saldo também é negativo: 35,6% menor. Naquele mês foram fabricadas 39.400 unidades.

“O volume de fabricação é menor em dezembro devido à parada para as férias coletivas. Nesse período, as fábricas aproveitam para fazer a manutenção e os ajustes necessários em suas linhas de produção”,

As exportações totalizaram 4.959 unidades, o que representa um pequeno recuo, de 0,3%, na comparação com novembro (4.976 bicicletas). Em relação a dezembro de 2020, houve alta de 82% (2.724 unidades).

Segundo os dados do portal Comex Stat, os destinos com maior número de exportações em dezembro foram: o Paraguai (2.345 unidades e 47,3% do total exportado), seguido pelo Uruguai (1.892 unidades e 38,2%) e pela Bolívia (467 unidades e 9,4%).

Para mais informações sobre os dados do setor das bicicletas acesse o https://pedalemos.com.br/

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