Janeiro Branco

Medidas de prevenção são a melhor estratégia para que a empresa promova a saúde mental de seus colaboradores

Psicóloga da Howden Harmonia sugere uma série de ações para um ambiente seguro e acolhedor no trabalho, que ajuda a diminuir o alto índice de casos de ansiedade e depressão

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a economia global tem um prejuízo econômico de cerca de US$ 1 trilhão por ano devido a perda de produtividade decorrente de casos de ansiedade e depressão; e o Brasil é o 5º país mais ansioso do mundo, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desta forma, para Laíne Oliveira (foto), psicóloga e especialista em Gestão de Saúde Emocional
da Howden Harmonia Corretora de Seguros, adotar medidas de prevenção é a melhor estratégia para as empresas junto a seus colaboradores.

A Howden Harmonia tem uma série de iniciativas que vão além da Campanha Janeiro Branco, pois acontecem ao longo do ano de modo a ofertar atenção especial para as questões relacionadas à saúde mental e emocional. “Entre as ações está uma boa comunicação interna. Acreditamos que ao incentivar um ambiente seguro e acolhedor,
criamos uma ponte para que nossos colaboradores busquem ajuda quando necessário”, explica Laíne.
A empresa realiza lives, vídeos e informativos, com o objetivo de manter os colaboradores conectados o tempo todo e para que saibam como e a quem recorrer em caso de necessidade. “Por meio de ações e materiais educativos, buscamos muni-los de toda a informação possível para que a responsabilidade do cuidado com a saúde seja
compartilhada entre a empresa e colaborador”, completa a psicóloga.
Também são disponibilizados pela Howden Harmonia serviços da área de gestão médica, composta por
médico, enfermeira, assistente social e psicóloga, com escuta acolhedora e sigilosa, além de orientação
para, se necessário, o colaborador buscar ajuda profissional. “Enxergamos esse cuidado como uma de
nossas prioridades”, afirma Laíne.

Estima-se que na Howden Harmonia, ao menos 30% dos colaboradores buscaram algum atendimento
psicológico no último ano, em sua maioria com sintomas de ansiedade, (leve e moderada) e, muitas vezes,
decorrentes da pandemia. Segundo Laíne, estes casos rapidamente foram identificados e direcionados para
o tratamento adequado, de modo a evitar a evolução para um quadro ansioso grave. Os que precisaram de
uma intervenção maior foram direcionados para outras especialidades.
Laíne explica que, de modo geral, todos sentiram as mudanças e consequências dos últimos anos, alguns
passaram por momentos bem delicados, perderam pessoas que amam, sofreram com o distanciamento
social, insegurança, medo, e, também, a adaptação ao novo formato de trabalho e rotina. “O aumento dos
casos trouxe consigo esse olhar mais atento e a empresa passou a estender o suporte emocional e
assistencial aos familiares de seus colaboradores”.
Proximidade e identificação — Parte da estratégia preventiva adotada pela empresa se intensificou no
cuidado com os colaboradores, se mantendo presente, tanto através do atendimento psicológico e da
equipe multidisciplinar, como na realização de videoconferências, com o envio de kits para a casa de cada
um, para que percebessem a sua importância e ficassem conectados.

Para identificar um colaborador que precisa de apoio ou tratamento, segundo Laíne, além do acesso que
eles têm aos canais de comunicação com a área médica, há a intervenção que poderá ser feita pelo líder
direto, com encaminhamento do colaborador para a psicóloga, ao notar um quadro de absenteísmo ou queda na
produtividade.
Laíne ressalta ainda que o contato com o profissional de saúde mental da empresa é opcional, e tem como
objetivo a orientação e o auxílio aos colaboradores quando há uma causa pertinente. “Os atendimentos só
são realizados mediante a vontade e consentimento do colaborador”. O monitoramento se dá ao longo das
semanas para compreender se a queixa foi pontual e resolvida, ou se haverá a necessidade de outras
formas de intervenção. “O serviço oferecido não se configura como a psicoterapia, que é incentivada a ser
realizada com outro profissional. O objetivo deste primeiro contato com a psicóloga interna é compreender
a demanda e orientar da melhor maneira. Porém, quando a empresa identifica casos de transtorno de
saúde mental entre os seus colaboradores deve demonstrar solidariedade e empatia, certificar-se de que
este saberá como e onde procurar ajuda, se dispor em estabelecer a ponte entre o colaborador e os
profissionais”, explica.
Dicas para as empresas. Para Laíne, o mais importante para manter a saúde mental dos colaboradores é a
empresa proporcionar um ambiente de confiança, livre de preconceitos e críticas.

Algumas dicas:
. Adotar medidas de prevenção, como palestras, rodas de bate-papo, material informativo;
. atentar-se à sobrecarga de trabalho;
. proporcionar ao colaborador a possibilidade de crescimento e desenvolvimento contínuo, pois o incentivo
corrobora com a maior satisfação profissional;
. criar times diversos e inclusivos, que proporcionem trocas de experiências;
. incentivar as pausas, seja para o café ou short friday, pois o descanso é responsável pelo aumento da
produtividade e de um trabalho mais assertivo;
. garantir o sigilo das informações para que o colaborador se sinta seguro em compartilhar suas questões;
. monitorar os níveis de estresse da empresa, de modo que consiga nortear possíveis gatilhos e, assim, agir
de maneira preventiva;
. realizar treinamento de gestão adequado para que as lideranças estejam sensíveis e atentas às queixas de
sua equipe e possam intervir precocemente.

Nova Classificação da Síndrome de Burnout – Desde o dia 1º de janeiro de 2022, o Burnout ganhou uma
nova Classificação Internacional de Doenças (CID 11), como uma síndrome ocupacional, quer dizer, as
empresas passam a ter responsabilidade direta e indireta pela saúde emocional dos colaboradores.
Segundo Laíne, a Síndrome de Burnout, apesar de ter a sua classificação recente, não é nova, os primeiros
sintomas e casos foram identificados nos anos 70, por Herbert Freudenberger, que já usava o termo
Burnout para identificar as equipes sobrecarregadas. “A síndrome do esgotamento profissional desperta
um olhar diferente para o trabalho e trabalhador, uma preocupação maior no que diz respeito a medidas
preventivas, e um olhar mais atento à saúde mental, da qual a responsabilidade deve ser compartilhada”,
explica.

Segundo a psicóloga, neste caso a empresa é responsável por identificar os possíveis fatores estressores
dentro de suas organizações e, consequentemente, propor medidas de resoluções de conflitos e agir de
forma preventiva. O colaborador, por sua vez, é responsável por compreender suas limitações, medir os
níveis de estresse, quando e como eles estão o afetando de maneira individual, e pedir ajuda quando
necessário. Dessa forma, será possível prever equilíbrio, qualidade de vida e saúde integral. “É valido dizer
ainda que casos de burnout, apesar de não serem recentes, têm se tornado cada vez mais comuns, mas
ninguém tem ao certo todas as respostas do que efetivamente funcionará ou não. O mais importante é ser
sensível à dor do outro”, conclui.

Sobre a Howden Harmonia Corretora de Seguros
A Howden Harmonia nasceu da fusão entre o Grupo Howden, maior grupo de corretores independentes do
mundo, e a Harmonia Corretora de Seguros, que há 40 anos no mercado brasileiro foi pioneira na prestação
de serviços de consultoria e administração de riscos. Hoje, a Howden Harmonia é uma das maiores
corretoras do país e conta com presença em São Paulo, Campinas, Poços de Caldas e Blumenau. Sua
atuação é focada nas áreas de Grandes Riscos e Gestão de Benefícios, mantendo parcerias com as principais seguradoras e operadoras do mercado para garantir o melhor atendimento aos seus clientes, nacionais e multinacionais.

Canais:
https://www.linkedin.com/company/howden-harmonia/
https://www.facebook.com/howdenharmonia

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