Como o hipoclorito de sódio ganhou relevância antes e depois da Covid-19

Rio de Janeiro, RJ 17/11/2021 – A crescente demanda por produtos de limpeza e desinfecção é um dos principais fatores que impulsionaram o mercado durante os meses mais críticos de pandemia.

Segundo João Cesar de Freitas, executivo da Katrium – um dos maiores players da indústria química latino-americana -, a demanda por água sanitária continuou firme mesmo nas fases mais críticas da pandemia e deve aumentar nos próximos anos.

Muitos segmentos industriais tiveram seus alicerces abalados nos 18 meses mais críticos da pandemia de Covid-19. De automóveis a roupas, de brinquedos a papel… a retração do consumo pôde ser sentida até mesmo no aumento de placas comerciais de “aluga-se” ou “vende-se”. A própria indústria química enfrentou momentos de dificuldade na aquisição de matéria-prima importada. Mas é certo que o mercado do hipoclorito de sódio – produto popularmente conhecido como alvejante ou água sanitária – encontrou brechas para crescer, principalmente pela importância da desinfecção de ambientes residenciais e comerciais na prevenção da doença.

Análise da consultoria Fortune Business Insights revela que mercado global de hipoclorito de sódio foi avaliado em 261,7 milhões de dólares em 2020 e deve atingir quase 386 milhões de dólares em 2028. Isto porque se trata do ingrediente principal de alvejantes empregados na higienização, desinfecção, branqueamento e remoção de manchas. Ou seja, a água sanitária exerce papel fundamental na indústria têxtil, médica e de papel e celulose. Como essas indústrias estão em retomada de crescimento, o aumento de demanda é certo. Mas o hipoclorito de sódio também está presente no dia a dia da população – que se sentiu ainda mais motivada a cuidar da limpeza de casas, empresas, ambientes hospitalares, escolares e de lazer como forma de frear a contaminação de doenças virais.

De acordo com João Cesar de Freitas, diretor comercial da Katrium – uma das principais indústrias químicas do país -, formulações de uso doméstico levam quantidades muito pequenas de hipoclorito de sódio – normalmente entre 3% e 8%. Já os alvejantes de força industrial têm entre 10% e 12% de hipoclorito de sódio. São produtos utilizados em hospitais, ambientes públicos (ruas, avenidas, fachadas e banheiros) e na indústria, de modo geral. Mas somente pessoas devidamente treinadas e paramentadas com óculos, roupas apropriadas e luvas podem manusear esses produtos com mais segurança.

“A água sanitária é utilizada na indústria doméstica na forma de produtos de limpeza como detergentes, limpadores de superfície, sabões, desinfetantes e alvejantes de todo tipo. A crescente demanda por esses produtos é um dos principais fatores que impulsionaram o mercado durante meses mais críticos de pandemia. Ao mesmo tempo, a indústria médica apresentou rápido crescimento no período também, já que a desinfecção de superfícies, roupas, instrumentos e ambientes hospitalares era fundamental para conter o avanço da Covid-19. Isto sem contar o tratamento de água – tanto para consumo humano, como de piscinas públicas e particulares. Sendo assim, o mercado de hipoclorito de sódio teve resultados bastante positivos em 2021 e esperamos manter no próximo ano”, analisa Freitas.

Segundo a Fortune Business Insights, a América Latina deve ter um crescimento constante de mercado nos próximos anos, sendo puxado pelo Brasil devido a características como urbanização e desenvolvimento econômico. Vale ressaltar que o crescimento da indústria de bens de consumo também está elevando a demanda por alvejantes líquidos. Já na América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico taxas mais otimistas de aumento de demanda de hipoclorito de sódio estão sendo projetadas.

Fontes:
https://www.fortunebusinessinsights.com/sodium-hypochlorite-market-105064

João Cesar de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas (RJ)

Website: http://www.katrium.com.br