Manchas na pele podem afetar consideravelmente a autoestima

Rio de Janeiro 20/10/2021 –

O número de clínicas dermatológicas especializadas em tratamentos para atenuar manchas na pele cresce a cada ano no Brasil, o objetivo disso é atender à demanda crescente de pessoas estimuladas a cuidarem mais da aparência

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, as manchas são um dos motivos mais frequentes na procura por tratamento dermatológico e estão segmentadas em diferentes categorias, como melasma, melanose, sardas e manchas pós-inflamatórias. O tipo de mancha interfere diretamente na indicação do tratamento, “o melasma, por exemplo, exige um tratamento associado entre cuidados no consultório, com tecnologias menos agressivas, e em casa, com clareadores. Já a melanose, não responde tão bem aos clareadores usados em casa, e quando optamos por tratamentos em consultório, normalmente são escolhidos lasers mais pontuais e fortes”, explica a dermatologista Ana Carulina Moreno.

A variedade dos tipos de manchas e a particularidade de cada tratamento deixa clara a importância da consulta e da orientação médica, tanto para o diagnóstico correto de qual é o tipo de mancha que o paciente tem, quanto para a indicação do melhor plano de tratamento para aquele caso especificamente.

Segundo a pesquisa “O que a sua pele conta”, que foi encomendada pela Pfizer e realizada pelo Ibope Inteligência, na qual 500 mulheres de 30 a 60 anos das classes A, B e C foram questionadas se havia algum sinal na pele que as incomodava, 94% respondeu que sim, e 48% sinalizou que o que desencadeava esse descontentamento eram especificamente as manchas.

Algumas tecnologias estão disponíveis em clínicas dermatológicas para o tratamento dessa condição, como é o caso da Luz Intensa Pulsada, uma tecnologia que libera feixes de luzes policromáticas que emitem comprimentos de onda variados na pele, gerando calor local por meio desses disparos e tende a uniformizar as sardas e ajudar a clarear as manchinhas de sol.

Outro tratamento que costuma ser indicado para tratar manchas mais profundas e controlar o melasma é o Laser Prodeep, um procedimento que além de estimular colágeno, não queima a superfície da pele, ou seja, não causa “crosta”. Além disso, há também o MMP (Microinfusão de Medicamento Percutânea), que consiste na infusão de diversos ativos clareadores em camadas profundas da pele e a radiofrequência microagulhada, que é ideal para o caso de manchas pós-inflamatórias associadas a cicatrizes, melhorando a pele como um todo. 

Dados disponibilizados pelo Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele mostraram que 72,5% da população brasileira não utiliza protetor solar diariamente e esses números estão diretamente relacionados a alta taxa de aparecimento de manchas que, no geral, pode ser mais comum em pessoas com fototipos mais altos, pois normalmente são decorrentes de processos inflamatórios em células que produzem melanina, mas é importante reforçar que nada impede de as manchas aparecerem também em pessoas com a pele mais clara. Por isso, a melhor maneira de evitar as manchas é aplicando o filtro solar todos os dias da maneira adequada. 

Dra. Ana Carulina Moreno é dermatologista pela SBD e especialista em tratamentos para manchas na pele no Rio de Janeiro.
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