Cozinhas voltadas ao delivery podem movimentar US$ 1 trilhão até 2030

São Paulo, SP 16/9/2021 – “As redes sociais possuem hoje a melhor relação de custo-benefício para quem busca divulgar o seu trabalho e atrair novos clientes”, avalia Betto Auge.

Conhecidas como dark kitchens, os espaços tiveram ascensão com a pandemia, mas saber cozinhar é apenas o primeiro passo para quem busca empreender no setor

Com o início da pandemia – e em meio à necessidade de isolamento social -, o delivery de comida é um dos serviços que mais registraram crescimento no Brasil e no mundo. De acordo com uma pesquisa da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, os gastos com os principais aplicativos de entregas de comida cresceram 103% no primeiro semestre de 2020. E para atender essa demanda, um novo formato de operação surgiu no mercado: as chamadas dark ou ghost kitchen, que são voltadas à entrega e por isso dispensam um alto investimento do empreendedor.

Segundo a empresa de pesquisa global Euromonitor International, o setor mostra crescimento robusto e deve se tornar um mercado de até US$ 1 trilhão até 2030 (aproximadamente R$ 5 trilhões). O estudo da entidade revela ainda que, antes da pandemia, o delivery de comida já era um negócio em ascensão: no Brasil, cresceu 230% entre 2014 e 2019, ano em que registrou faturamento de R$ 15 bilhões. E até 2024, deve ter mais um salto de 180%.

Com baixo custo operacional e facilidade para iniciar o empreendimento, o modelo tem atraído a atenção de muitas pessoas que possuem habilidade na cozinha e buscam gerar receita com isso.  Segundo o levantamento feito recentemente pelo Instituto Locomotiva, o Brasil possui cerca de 20% de sua população adulta – o equivalente a mais de 30 milhões de pessoas – que utilizam algum tipo de aplicativo para trabalhar. Em fevereiro do ano passado, antes do início da pandemia, essa fatia era de apenas 13%.

“O mercado de trabalho muda em uma velocidade muito grande e o amplo acesso à Internet hoje permite o surgimento de novos segmentos e gera muitas oportunidades de negócio”, afirma Betto Auge, criador de conteúdo culinário e fundador da Escola para Criadores, plataforma de educação e mentoria voltada à pequenos e médios empreendedores do setor gastronômico.

Para o especialista, as dificuldades trazidas pela pandemia também obrigaram muitas pessoas a se reinventar. “Com o isolamento social e alta no desemprego, muitas pessoas tiveram que começar a empreender para ter uma nova fonte de renda. Mas com planejamento e a estratégia correta, essa pode se mostrar uma escolha bastante acertada”, diz.

Inclusão digital, novos hábitos de consumo e empreendedorismo

De acordo com a última pesquisa do Comitê Gestor da Internet do Brasil, em 2020 o país chegou à marca de 152 milhões de usuários conectados à internet – um aumento de 7% em relação a 2019. Com isso, 81% da população com mais de 10 anos tem internet em casa, sendo que o celular é o principal meio de acesso à rede. Para Betto Auge, o acesso à internet e uso adequado das redes sociais são fundamentais para que os profissionais autônomos possam desenvolver novas habilidades e atrair clientes para o seu negócio.

“O bolo de nozes feito por uma dona de casa pode até ser o melhor do mundo, mas para ter esse reconhecimento ela precisa primeiro conquistar a confiança do cliente. E as redes sociais possuem hoje a melhor relação de custo-benefício para quem busca atrair novos clientes e divulgar o seu trabalho na internet, mas para isso é preciso ter uma estratégia adequada e saber utilizar as ferramentas de forma correta”, avalia o educador.

Betto conta ainda que a ideia de criar uma metodologia voltada para o segmento das chamadas dark kitchens veio de uma lacuna observada no mercado. “Nós percebemos que o tipo de conteúdo oferecido nos cursos costuma ser muito técnico e abrangente para esse perfil de empreendedor. É por isso que desenvolvemos nosso método pensando na senhora de 65 anos, que vende bolos para os vizinhos do bairro e tem dificuldades para ler e escrever. Nosso conteúdo foi pensado para atingir e empoderar esse tipo de público”, revela.   

Dividida em três pilares – fotografia, food styling e estratégia digital -, a metodologia da Escola para Criadores utiliza técnicas simples para criar imagens impactantes e gerar desejo no consumidor, alavancando as vendas do negócio. “Descomplicamos os conceitos da fotografia para que qualquer pessoa com um smartphone possa reproduzir as técnicas e estratégias ensinadas do curso”, explica. “Além de conquistar a sua independência digital, o aluno também tem acesso a uma ampla rede de contatos para falar sobre os desafios do negócio e trocar experiências com outros empreendedores”, completa.

Protagonismo feminino

Com uma base de alunos composta por mais de 75% de mulheres, a Escola para Criadores busca democratizar o acesso à educação digital e fomentar o desenvolvimento econômico nas regiões onde atua. “Temos muito orgulho de poder contribuir com o crescimento do empreendedorismo feminino, oferecendo uma nova fonte de renda para pessoas que precisam trabalhar de casa, por exemplo” explica Betto.

“Sabemos da realidade do nosso país e que muitas mulheres precisam aliar a sua atividade econômica com os afazeres domésticos e cuidado dos filhos. Além disso, o trabalho é uma forma de empoderamento e permite que elas sejam responsáveis pelas decisões de compra e planejamento financeiro da família”, conclui. 

Para fazer a inscrição e ter acesso ao conteúdo da plataforma, os interessados devem acessar o site https://www.escolaparacriadores.com.

Website: https://www.escolaparacriadores.com