Segundo dados, mais de metade das mulheres perdem emprego após gravidez

São Paulo – SP 16/7/2021 –

Não é de hoje a luta feminina em busca de igualdade e espaço no mercado de trabalho. Ainda assim, o cenário ainda precisa evoluir: mais de 50% das mulheres foram demitidas depois do nascimento de seus filhos

De acordo com dados disponibilizados pela Pnad Contínua, do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 8,5 milhões de mulheres perderam seus empregos no terceiro trimestre de 2020. A situação trouxe uma nova realidade e, atualmente, 45,8% das mulheres não têm carteira assinada.

Ainda que a crise causada pela COVID-19 tenha acentuado a distância entre as mulheres e o mercado corporativo, o cenário visto anteriormente já as deixava de lado em muitas situações – principalmente quando estas eram mães. 

De acordo com uma pesquisa realizada em 2016 pela Fundação Getulio Vargas, mais da metade das mulheres perderam seus empregos após a gravidez. O estudo também mostrou que as trabalhadoras que tiram licença-maternidade são demitidas em até 24 meses do nascimento das crianças. 

Em contrapartida, pode-se notar o crescimento do empreendedorismo feminino. De acordo com dados disponibilizados pela Global Entrepreneurship Monitor, durante a pandemia mais de 30 milhões de mulheres estavam empreendendo. O número representou um crescimento de 40% no período. 

Autonomia: vantagem do empreendedorismo

De acordo com levantamento realizado pela Rede Mulher Empreendedora, existe um perfil predominante para as brasileiras empreendedoras. Em geral, estas têm, em média, 39 anos, curso superior completo, são casadas e têm filhos.

Pamela Puertas, empreendedora e influenciadora digital conhecida como Pam Puertas, atribui o perfil desenhado na pesquisa citada às dificuldades que muitas encontram no dia a dia, uma vez que as mães tendem a buscar por uma fonte de renda que proporcione autonomia e flexibilidade.

“Para muitas mulheres, a maternidade pode ser um caminho solitário e de grandes desafios – e o mundo corporativo ainda carece de preparo para recebê-las. Assim, muitas começam seu próprio negócio. Hoje, temos opções que facilitam a entrada no mundo corporativo, como lojas virtuais, revendas de grandes marcas e produtos e o marketing de afiliadas. Trabalhar com as redes sociais também é um caminho e foi o que eu escolhi”, explica. 

A empreendedora, que trabalha com mídias sociais desde 2012, mudou suas pautas em 2014, quando teve sua filha. “Comecei a produzir conteúdo voltado para maternidade e muitas mães compartilhavam seus anseios comigo. Com o desejo de ficar mais perto de minha filha, vi na internet a oportunidade de trabalhar em casa, com meus horários e minhas regras”, explica Pam Puertas

Pamela começou compartilhando seu diário de gravidez e, aos poucos, trouxe mais informações às suas redes. Hoje a empreendedora compartilha a rotina de suas 3 crianças por meio de vídeos e posts. Seu conteúdo é elaborado com base em suas experiências e relatos, com dicas e entretenimento para os seus seguidores. 

Para saber mais, basta acessar: linktr.ee/PamPuertas

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