Atibaia, SP 9/6/2021 – A possibilidade de consorciar vários de tipos de bens e de serviços vem resultando no constante crescimento do total de participantes ativos, nos últimos anos
Ao analisar e comparar os custos para aquisição, empresário opta pelo consórcio
Com uma história de quase 60 anos, o sistema de consórcios começou a realizar os sonhos dos consumidores pelo automóvel. Genuinamente brasileiro, o mecanismo deu seus primeiros passos ao viabilizar a iniciante indústria automobilística nacional, quando ainda não havia linhas de crédito para aquisição de veículos.
Ao longo das décadas, foram adicionados caminhões, motocicletas, imóveis, máquinas agrícolas, implementos rodoviários e agrícolas, e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis. Mais recentemente, em 2008, por ocasião da entrada em vigor da Lei 11.795, exclusiva para a modalidade, foram autorizados os consórcios de serviços de qualquer natureza.
Nesse período, outros bens como aparelhos de energia solar, motores estacionários, equipamentos náuticos, barcos, jet skis, entre outros, passaram a compor a lista de produtos possíveis de compra pelo consórcio.
Depois de concretizar os objetivos de milhões de consorciados desde 1962, o Sistema de Consórcios alcança, atualmente, quase oito milhões de participantes ativos em todos os segmentos da economia, viabilizando metas pessoais, familiares, profissionais e empresariais, além de contribuir para o crescimento dos diversos elos da cadeia produtiva.
Um exemplo da diversificação de atuação, está no consórcio de aeronaves, um investimento econômico voltado a resultados produtivos diretos e indiretos.
Para a Pardal Aviação Agrícola Ltda., empresa sediada em Ourinhos, interior de São Paulo, cujas atividades se destinam à pulverização e ao controle de pragas rurais em cidades paulistas e paranaenses, os consórcios foram importantes para o crescimento dos negócios, há alguns anos. Ao observar o desenvolvimento do agronegócio e vislumbrar mais oportunidades junto aos produtores de cana e soja, Eitor Martins Júnior, sócio-proprietário da empresa aérea, entendeu chegar o momento de crescer e ampliar suas atividades.
Como continuidade, Martins Júnior explicou que, “na época, tínhamos recursos que possibilitavam dar entrada em um avião e financiar o restante. Contudo, depois de analisar e comparar os custos mensais e final dos vários modelos de compra parcelada, entendemos ser melhor aderir aos consórcios, cujas características de prazos e parcelamento, inexistência de juros e pequena taxa de administração, permitiriam comprar dois aviões, o que duplicaria nossa frota. Passaríamos então de duas para quatro aeronaves Ipanema EMB”.
Martins Júnior destacou ainda que “como já havia participado de outros consórcios de veículos, percebi que a modalidade poderia impulsionar minhas atividades de forma simples e econômica, tornando reais as metas de crescer e atender aos clientes com mais aeronaves”.
Depois de realizar diversas adesões em grupos de veículos pesados na administradora, Martins Júnior ofertou lances com os valores disponíveis. Ao ser contemplado, formalizou a compra dos dois novos aviões. Hoje, a empresa conta com quatro aeronaves voltadas ao mercado agrícola.
Na Pardal Aviação Agrícola, Martins Júnior tem ainda como sócia a esposa Renata. Formada em agronomia, é responsável pelos estudos de viabilidade para aplicações dos defensivos, sempre atenta à preservação das culturas próximas. O casal tem três filhos, entre os quais, o mais velho, que, como o pai, é piloto também.
Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), “a possibilidade de consorciar vários de tipos de bens e de serviços vem resultando no constante crescimento do total de participantes ativos, nos últimos anos. Ao ratificar que, com criatividade e conhecimento da educação financeira, a modalidade tem se tornado importante nos planejamentos e realizações de objetivos pessoais, profissionais, familiares e empresarias, em face das suas exclusivas características”.
Sistema de consórcios
No fechamento do primeiro quadrimestre, o sistema de consórcios registrou novo recorde no total de negócios realizados ao alcançar crescimento de 59,4%% sobre o do ano passado. O volume atingiu R$ 64,46 bilhões, correspondente aos créditos comercializados, anotando evolução sobre os R$ 40,43 bilhões anteriores. O aumento da procura pela modalidade, considerando o avanço de 20,3% no tíquete médio mensal, resultou nestas marcas inéditas.
Em todos os segmentos, nos quais o mecanismo está presente, houve alta nas somas de consorciados: veículos leves, motocicletas, imóveis, e veículos pesados, serviços e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis. Como consequência, foi registrada também elevação, ao saltarem de 7,34 milhões de abril do ano passado para 7,95 milhões do mesmo mês deste ano, crescendo 8,3%, quebrando o recorde histórico dos consórcios.
As adesões, acumuladas de janeiro a abril, somaram 1,05 milhão de consorciados ao avançarem 24,2% sobre as 845,55 mil do mesmo período do ano passado.
Website: http://www.abac.org.br