Dino

Apesar da crise, escritórios no Brasil focam em produtos sustentáveis

São Paulo 26/10/2020 –

Associar marcas a atitudes sustentáveis pode ser extremamente vantajoso uma vez que o engajamento dos investidores e o comportamento dos consumidores exigem cada vez mais transparência e participação das empresas em questões ambientais, sociais e de governança.

O ano de 2020 tem sido um ano desafiador para muitas empresas. E, como forma de estratégia, grandes companhias apostam em práticas sustentáveis para superar a crise. Em recente pesquisa realizada por Latin American Quality Institute com executivos de 19 países, 67% consideram necessária uma estratégia de sustentabilidade para serem competitivos hoje, e outros 22% acham que será no futuro. 

Associar marcas a atitudes sustentáveis pode ser extremamente vantajoso uma vez que o engajamento dos investidores e o comportamento dos consumidores exigem cada vez mais transparência e participação das empresas em questões ambientais, sociais e de governança. E, na corrida para garantir a compatibilidade ambiental, incorporar na cultura corporativa atitudes sustentáveis, certificações ambientais e índices ESG (Environmental, Social and Governance) podem ser um grande diferencial. 

Mas afinal, o que é ESG? Segundo a UN Global Compact o ESG é um índice que avalia as operações das principais empresas conforme os seus impactos em três eixos da sustentabilidade: o Meio Ambiente, o Social e a Governança. 

A medida oferece mais transparência aos investidores sobre como as empresas investem e incorporam em sua cultura fatores ambientais como uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética, poluição, gestão de resíduos e efluentes. Além de fatores sociais como políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade, engajamento dos funcionários, treinamento da força de trabalho, direitos humanos, relações com comunidades, privacidade e proteção de dados. E, por último, fatores de governança, que incluem independência do conselho, política de remuneração da alta administração, diversidade na composição do conselho de administração, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, ética e transparência.

Mas não é apenas o ESG um recurso para o caminho da sustentabilidade. As certificações ambientais também se apresentam como forma de estimular atitudes sustentáveis, como por exemplo, a família ISO 14000 – que aponta a minimização dos impactos ecológicos criados pela atividade da organização e o melhoramento contínuo do seu rendimento ambiental -, o selo LEED e também o selo Cradle to Cradle.   

O termo  “Cradle to Cradle”, que em inglês quer dizer “do Berço ao Berço”, foi pela primeira vez usado em um manifesto em 2002 e se tornou uma das obras mais influentes do pensamento ecológico mundial. O conceito é uma alternativa ao modelo linear “do berço ao túmulo”, nos quais os recursos seguem uma sequência ecologicamente não-sustentável: extração, produção, uso e descarte. O C2C propõe um sistema cíclico, no qual as matérias-primas são reutilizadas indefinidamente em fluxos circulares seguros e saudáveis – para os seres humanos e para a natureza. 

Ou seja, enquanto as Certificações LEED e AQUA são destinadas a garantir práticas sustentáveis aos espaços construídos, a Certificação Cradle to Cradle atesta o produto final que vai desde um mobiliário a um eletrodoméstico, por exemplo. Como consequência, a C2C é reconhecida internacionalmente por legitimar produtos mais seguros 100% recicláveis e que seguem critérios, como: Saúde dos Materiais; Economia Circular; Energia renovável e Gestão de Carbono; Gestão de Água e Justiça Social. 

Diversos os produtos estão aptos a receber a C2C: carros, equipamentos eletrônicos, eletrodomésticos, roupas. Para as empresas que têm uma preocupação ambiental incluir práticas ecológicas especificando mobiliários de escritório como mesas, plataformas e cadeiras de trabalho pode ser desafiador. 

Contudo, há empresas que já saíram na frente e estão inovando ao oferecer produtos sustentáveis. A experiência de décadas da Giroflex, por exemplo, no design de cadeiras de escritório ajudou abrir caminho para incorporação da C2C no mobiliário corporativo. Ao longo de décadas, designers experientes procuraram materiais e desenhos para desenvolver produtos de ponta proporcionando o máximo de conforto, ergonomia e o mínimo de impacto ambiental. E em 2020, a empresa trouxe ao Brasil dois modelos de cadeiras com o selo C2C, a Giroflex 353 e 313, que seguem esse sistema cíclico e são 100% recicláveis. 

São cadeiras que associam seu design contemporâneo e ergonômico com sustentabilidade, pois seus materiais e componentes são completamente livres de substâncias prejudiciais aos seres humanos e ao meio ambiente, contribuindo para um ambiente de trabalho saudável e ecológico, “um ótimo exemplo de união entre design, função e sustentabilidade”, diz a Designer de Produto e Arquiteta Juliana Lima, do Estúdio JCubo.  “O processo de desenvolvimento dessas cadeiras vai virar referência ao longo dos anos para as novas gerações, que seguem atentas e que tem na pauta ambiental um de seus principais valores”, completa a profissional, especialista em projetos corporativos.  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRAGA, PAULA. Certificação Cradle to Cradle: análise dos produtos certificados. Artigo publicado para 13º Congresso Nacional de Design. 

ESPIRAL DE VALOR. Cradle to Cradle: uma certificação de produtos sustentáveis. 

REVISTA EXAME. Dicas para ter um escritório mais verde. 

UN GLOBAL COMPACT. Pacto Global Rede Brasil. Gigante no mercado financeiro adere ao investimento sustentável. 

XP INVESTIMENTOS. ESG: INVESTINDO PARA UM MUNDO MELHOR.

Website: http://www.candall.com.br

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