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OANDA – Mercados da América Latina estão positivos frente à possibilidade de um tratado EUA-China

Por Alfonso Esparza, analista de mercado da OANDA na América Latina

Os mercados latino-americanos começam a semana com uma tendência de alta. As negociações comerciais entre os EUA e a China continuam. Espera-se que, se não houver tratado antes de 15 de dezembro, as tarifas programadas para essa data sejam adiadas.

As reuniões do Fed e do Banco Central Europeu nesta semana não devem surpreender. O Fed cortou a taxa de juros três vezes em 2019 e a surpresa de um sólido relatório de emprego em novembro reduz a necessidade de outra intervenção este ano.

O maior risco continua sendo as declarações dos EUA e da China em questões comerciais antes da data de início da nova rodada de tarifas.

O apetite ao risco continua aumentando e, com isso, as moedas da América Latina se afastam dos mínimos registrados nas últimas quatro semanas em relação ao dólar.

O dólar dos EUA opera estável contra as moedas mais negociadas. O apetite pelo risco favorece os mercados emergentes, apesar do sólido relatório de emprego nos EUA. A libra esterlina avança aumentando a vantagem dos conservadores antes das eleições na quinta-feira, 12 de dezembro.

MXN – Peso mexicano

O peso valorizou-se em 1,50% em dezembro. A moeda mexicana avançou em relação ao dólar e está sendo negociada às 19,2534. O otimismo em questões comerciais aumentou o peso. O TMEC continua lentamente seu caminho para a ratificação nos EUA e a guerra comercial entre os EUA e a China está no prelúdio de uma trégua se o tratado da fase um for assinado ou o prazo para a próxima rodada de tarifas for prorrogado novamente.

O mercado espera que o Fed mantenha sua taxa de juros inalterada, com uma probabilidade de 99,3% do FedWatch CME, com base nos preços do mercado monetário nos EUA. O peso continua se valorizando devido a um maior apetite por risco e, no momento, a decisão do Banxico de continuar cortando a taxa de referência não diminuiu o avanço da moeda.

BRL – Real brasileiro

O real brasileiro é negociado a 4,1451 em relação ao dólar. A moeda brasileira se valorizou em mais de 2,20% em dezembro. O maior otimismo de um acordo comercial entre os EUA e a China colocando distância com o máximo atingido pelo dólar de 4.2532.

O mercado espera que o Fed mantenha sua taxa de juros inalterada, com uma probabilidade de 99,3% marcada pela ferramenta FedWatch CME. O diferencial de taxa continua a favor da moeda brasileira, mas são esperadas mais intervenções do Banco Central do Brasil, embora ainda seja necessário observar se as tarifas anunciadas pelos EUA contra o Brasil não limitam as ações que poderiam ser interpretadas como manipulação de moeda.

COP – Peso colombiano

O peso colombiano opera em alta e está em 3.420,50 em relação ao dólar. O otimismo do mercado de que as negociações entre os EUA e a China dão frutos impulsiona o peso a continuar recuperando terreno.

O mercado espera que o Fed mantenha sua taxa de juros inalterada com uma probabilidade de 99,3% do FedWatch CME. O peso continua a se valorizar devido a um apetite ao risco maior em nível global que foi maior do que dados sólidos de emprego nos EUA.

A greve nacional continua pacificamente e mudou-se para segundo plano, com mercados focados nas negociações entre os EUA e a China.

Fonte: Sherlock Communications