Expansão do setor imobiliário atrai atenção de investidores

Com 307 mil lançamentos e 312 mil vendas entre janeiro e setembro, o mercado imobiliário vive uma fase de crescimento no Brasil. Em comparação com o mesmo período de 2024, houve aumento 8,4% na quantidade de unidades lançadas, apontam os dados levantados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Segundo análise da entidade, a maior expansão percentual de lançamentos foi no Centro-Oeste, que registrou alta de 53,5% no terceiro trimestre. Se considerado o número absoluto, a liderança é do Sudeste, com 59,8 mil lançamentos.

André Trevelin, diretor de incorporação e operações da Villa Boa Inc, avalia que o cenário positivo de lançamentos e vendas é um fator atrativo para interessados em investimentos imobiliários. A empresa em que ele atua conecta incorporadoras, loteadoras e desenvolvedores imobiliários a uma plataforma de soluções que vão da análise de viabilidade e estruturação de funding até a entrega do empreendimento e pós-vendas.

“Hoje observamos uma combinação rara de fatores estruturais: estabilidade monetária, reprecificação de ativos após o ciclo de alta de juros, fortalecimento do mercado de capitais e uma demanda por produtos lastreados em economia real”, diz André Trevelin.

Ele afirma que os investidores estão migrando de modelos tradicionais para estratégias que combinem renda, segurança e ganho de capital — o mercado imobiliário, especialmente via fundos e veículos estruturados, se tornou o grande receptor dessa busca.

Os fundos de investimento imobiliário (FIIs), aos quais Trevelin se refere, reúnem aportes de diferentes investidores para aplicar em ativos ligados ao mercado imobiliário. De forma geral, cada investidor compra cotas, e o gestor usa o dinheiro para investir em imóveis ou em títulos do setor.

“A renda passiva tornou-se um pilar, seja por FIIs, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ou estruturas proprietárias. Ao mesmo tempo, em momentos de volatilidade global, o mercado imobiliário volta a ser visto como proteção patrimonial e instrumento de preservação intergeracional. É um momento de maturidade do setor, com governança mais sólida, compliance mais rígido e um ambiente macro favorável à profissionalização”, detalha André Trevelin.

O executivo diz que tem visto uma mudança no perfil atual do investidor. São pessoas que comparam múltiplos cenários, avaliam risco-retorno com maior profundidade e exigem um nível de transparência que antes não era comum. 

O investidor atual busca relatórios auditáveis, governança, previsibilidade e clareza na destinação dos recursos, comenta Trevelin. Ele aponta ainda a entrada de um público cada vez mais jovem entrando no mercado, influenciado pelo acesso à informação e plataformas digitais, mas com mentalidade profissional. “É um investidor que entende que resultado não vem apenas da escolha do ativo, mas da qualidade de gestão por trás dele”, acredita.

Essas mudanças têm feito as empresas adaptarem suas estratégias de captação. “Na Villa Boa Inc, estruturamos um modelo que combina tecnologia, análise profunda de dados e um pipeline [conjunto, fluxo] sólido de projetos”, exemplifica André Trevelin.

“Nossa estratégia é oferecer ao investidor não apenas um produto imobiliário, mas um ativo financeiro com estrutura de governança, compliance e monitoramento contínuo. Implementamos modelos proprietários de due diligence [processo de investigação profunda], stress test de viabilidade [simulador de cenários] e mecanismos de preservação de capital, o que reforça a confiança do investidor e reduz assimetria de informação”, detalha ele.

Quando perguntado sobre qual conselho daria a um investidor que busca entrar no mercado de investimentos imobiliários, Trevelin é enfático na resposta. Ele diz que não deve ser analisado apenas o ativo, mas também quem está responsável pelo projeto: um bom empreendimento pode fracassar com má gestão — e um projeto mediano pode se tornar excepcional quando há governança, compliance e operação profissional, alerta.

“Busque estruturas auditáveis, equipes experientes, modelos de viabilidade transparentes e um track record [histórico de desempenho] consistente. O investidor que se posicionar com boa curadoria nesse momento tende a capturar um dos melhores ciclos do setor”, ressalta André Trevelin. 

Para saber mais, basta acessar o site da Villa Boa Inc: https://villaboainc.com/

 

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