Mais de 70% da força de trabalho global enfrenta riscos graves à saúde devido às mudanças climáticas, conforme revela a Organização Internacional do Trabalho (OIT) na página 5 do relatório “Ensuring safety and health at work in a changing climate” – Garantir a segurança e a saúde no trabalho em um clima em mudança, em português. O estudo destaca que as alterações climáticas já estão causando sérios impactos na segurança e saúde dos trabalhadores em todas as regiões do mundo.
Ainda segundo o documento, na mesma página, as mudanças climáticas têm causado extremos meteorológicos e climáticos em todos os continentes. Isso é evidente no aumento da frequência e intensidade de ondas de calor, chuvas fortes, incêndios florestais, secas e ciclones tropicais. Além disso, as previsões indicam que até 2050 as alterações climáticas poderão resultar em 14,5 milhões de mortes adicionais em todo o mundo.
Desde o ano 2000, a proporção de trabalhadores afetados por condições relacionadas ao calor extremo aumentou de 65,5% para 70,9% da força de trabalho global. O estudo também mostra que, a cada ano, ocorrem 22,87 milhões de lesões ocupacionais devido ao calor excessivo. Ademais, como indicado na página 13, diversas condições de saúde dos trabalhadores, como câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, disfunções renais e problemas de saúde mental, têm sido associadas às mudanças climáticas.
Diante disso, a necessidade de medidas urgentes é destacada pela projeção de que a Terra está a caminho de um aquecimento entre 2,5°C e 2,9°C neste século, muito acima das metas do Acordo de Paris. Esta informação é apresentada na página 4 do relatório “Keeping the Promise – Annual Report 2023” – Cumprindo a Promessa – Relatório Anual 2023, em português, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O documento aponta que limitar o aquecimento a menos de 1,5°C exigiria uma redução de 42% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030.
Conforme destacado na página 31 da publicação “Quality Magazine”, Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), enfatiza que adotar práticas sustentáveis vai além de uma questão ética, sendo também essencial para a sobrevivência e a sustentabilidade das empresas a longo prazo.
“É imperativo que as empresas integrem a sustentabilidade de forma mais robusta em suas políticas e operações. Isso inclui a adoção de práticas que minimizem a exposição dos trabalhadores aos riscos climáticos, a implementação de programas de saúde e segurança adaptados às novas realidades climáticas e a promoção de um ambiente de trabalho resiliente”, finaliza.