Sobe a taxa de empresas com ao menos uma tecnologia digital

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Sobe a taxa de empresas com ao menos uma tecnologia digital

By DINO

March 14, 2023

Em 2016, uma pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) revelou que menos da metade (48%) das empresas brasileiras tinham implementado ao menos uma tecnologia digital. Em abril de 2022, a entidade divulgou os resultados da “Sondagem Especial Indústria 4.0: Cinco Anos Depois”, que investiga a evolução dos empreendimentos do país durante o período.

Segundo a CNI, o percentual de empresas com ao menos uma tecnologia digital avançou para 69%. Dentre as empresas industriais, 26% utilizam de 1 a 3 tecnologias e somente 7% utilizam 10 ou mais.

O número de tecnologias listadas passou de 10, em 2016, para 18 em 2021, incluindo análises de modelos virtuais para projetos, automação, impressão 3D, sistemas integrados para fabricação de produtos e produção com auxílio de inteligência artificial, entre outras.

Outrossim, o estudo demonstrou que o porte do empreendimento tem uma relação direta com o número de tecnologias digitais implementadas: 86% das grandes empresas utilizam pelo menos uma das 18 tecnologias catalogadas. Para as médias, essa taxa é de 64% e, para as pequenas, de 42%.

Para Dijalma dos Santos, CEO da DBios – empresa que atua com back office, outsourcing de TI, serviços de call center e terceirização de profissionais -, os dados deixam claro que a tecnologia tem avançado a passos largos e, cada vez mais, processos manuais têm sido automatizados ou robotizados.

“Apesar disso, a necessidade de humanos, seja para operacionalizar os equipamentos ou propriamente para executar tarefas, acredito que esteja longe de ser banida”, afirma Santos. De fato, a demanda por profissionais nas áreas de software, serviços de TIC e TI In-House no Brasil deve chegar a 797 mil vagas nos próximos três anos, segundo um estudo divulgado em dezembro de 2021 pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais).

Na área de digitalização, prossegue o especialista, hoje as ferramentas existentes não são capazes de capturar todos os dados, seja por materiais amassados, letras borradas ou escritas manuais.

Tecnologia X componente humano

Uma pesquisa do Capterra, realizada em abril de 2022, que investigou a opinião dos brasileiros com relação aos serviços de atendimento ao cliente, levantou que apenas 3% dos participantes relataram que preferem falar com uma voz sintética – seja ela feminina, masculina ou sem preferência por gênero. A maioria dos entrevistados (67%) prefere dialogar com uma voz humana, independentemente de gênero.

Santos ressalta que, quando uma pessoa liga para resolver um problema com a empresa, não espera receber respostas padrões ou ficar tendo que selecionar várias opções até chegar onde precisa. “O interessado quer ir direto ao ponto, principalmente quando existe algo urgente a ser resolvido”.

Com efeito, uma sondagem conduzida pela Hibou em outubro de 2020 revelou que um bom atendimento ao cliente é fundamental para 94% dos brasileiros. A análise também mostra que 96,7% dos participantes se sentem mais satisfeitos com o atendimento quando são ouvidos por um atendente humano. 

Para concluir, o CEO da DBios destaca que a tecnologia já faz parte do dia a dia de muitas áreas e, com o passar dos anos, estará cada vez mais presente. “Ainda assim, vale lembrar que mesmo com a ampla adesão à tecnologia, por trás dela sempre teremos humanos, principalmente em áreas em que sejam necessárias emoções ou experiências de vida para atender outras pessoas”, conclui Santos.

Para mais informações, basta acessar: https://dbios.com.br/