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Com 1,85 milhão de vendas de novas cotas, consórcios registram o melhor semestre

Ao totalizar 1,85 milhão de vendas de novas cotas, no fechamento dos seis meses do ano, o Sistema de Consórcios registrou o melhor acumulado semestral nos últimos dez anos. Além de superar em 12,1% o alcançado no mesmo período de 2021, quando atingiu 1,65 milhão, ultrapassou ainda em 81,4% o menor volume, anotado em 2016, que era de 1,02 milhão.

Em 2022, quando a modalidade completa 60 anos, o aumento das adesões reafirmou o grande interesse do consumidor brasileiro em concretizar seus objetivos pessoais, familiares, profissionais e empresariais pelo Sistema de Consórcios.

Nas adesões de janeiro a junho, 1,85 milhão de novas vendas, a distribuição setorial ficou assim dividida: 709,38 mil de veículos leves; 589,92 mil de motocicletas; 307,41 mil de imóveis; 119,84 mil de veículos pesados, 92,52 mil de eletroeletrônicos; e 31,91 mil de serviços.

O volume de consorciados ativos cravou 8,76 milhões, em junho, e apontou crescimento gradativo e consolidado, mês após mês, durante este ano. Assinalou crescimento de 9,0% sobre os 8,04 milhões daquele mesmo mês do ano passado.

A marca obtida foi resultado das participações de cada setor onde o Sistema de Consórcios está presente. Foram 80,8% no setor de veículos automotores, 14,5% no de imóveis, 2,5% no de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 2,2% nos de serviços.

Os negócios realizados contabilizaram R$ 119,57 bilhões, nos seis meses, 15,7% maior que os R$ 103,34 bilhões, alcançados no mesmo período do ano passado.

O tíquete médio de junho manteve a tendência de alta observada em outros indicadores setoriais, subindo 1,9%. Saiu de R$ 66,16 mil, há um ano, para os atuais R$ 67,40 mil.

Na soma de contemplações, houve avanço de 7,0%, ao subir de 696,32 mil (jan.-jun /2021) para 745,02 mil (jan.-jun /2022). Os créditos liberados, referentes a estas contemplações, ainda no semestre, anotaram evolução e totalizaram R$ 34,01 bilhões, 5,0% acima dos R$ 32,38 bilhões passados.

Na somatória de consorciados contemplados no período – 745,02 mil -, estão inclusas 330,27 mil cotas de motocicletas; 291,28 mil de veículos leves; 48,00 mil de imóveis; 29,90 mil de veículos pesados; 23,35 mil de eletroeletrônicos e 22,22 mil de serviços.

“No encerramento do primeiro semestre deste ano, observamos o crescimento mensal constante dos totais de participantes ativos, partindo de 8,21 milhões, em janeiro, e chegando ao recorde de 8,76 milhões em junho. Trata-se de uma comprovação da maturidade do consumidor que, ao conhecer e praticar a essência da educação financeira, tem procurado gerir melhor as finanças pessoais”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “Vale acrescentar que há ainda uma generalização desse comportamento, visto que as adesões foram realizadas nos vários setores onde a modalidade está presente”, complementa.

De janeiro a junho, as potenciais participações dos acumulados de contemplações propiciaram significativas vendas setoriais realizadas nos mercados internos. No automotivo, houve a potencial comercialização de quase um a cada dois automóveis via consórcio. Também expressivas, foram as vendas no setor das duas rodas, respondendo potencialmente por mais de uma a cada duas motos geradas por créditos concedidos.

No segmento de veículos pesados, em especial nos mercados de transporte e agronegócio, o consórcio registrou sua importância ao proporcionar, de forma econômica e planejada, a renovação ou ampliação de frotas. Potencialmente, um a cada três caminhões negociados no mercado interno foram adquiridos pela modalidade. O agronegócio, fundamental para a economia, também pôde usufruir das vantagens do Sistema para a aquisição de equipamentos.

Passadas seis décadas, desde quando o Sistema de Consórcios foi implantado, em razão da inexistência de linhas de crédito para aquisição de veículos produzidos pela então recém-instalada indústria automobilística, “observa-se um gradativo e consolidado desenvolvimento das diversas atividades econômicas brasileiras, com o consórcio contribuindo, direta e indiretamente, para o planejamento e desenvolvimento dos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços”, completa Rossi.

Os resultados do Sistema de Consórcios, nestes seis meses, voltaram a evidenciar que, apesar das oscilações vividas pela economia brasileira com a volta da inflação, reajustes constantes em vários segmentos, com destaque para os alimentos nos supermercados, bem como a influência de um ano eleitoral, dos preparativos para a copa do mundo e das dificuldades globalizadas causadas pela guerra no leste europeu, “o mecanismo vem avançando aceleradamente como  forma consciente de adquirir bens ou contratar serviços, com  planejamento”, acrescenta Rossi.

No semestre, os indicadores validam a importância do consórcio na economia nacional. Na estimativa dos créditos concedidos e potencialmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, constatou-se que o segmento marcou 39,6% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor de motocicletas, houve 52,2% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 34,9%.

No acumulado dos cinco primeiros meses do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 13,3% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.

Momento e perspectivas

A nova expectativa de projeção de crescimento do PIB para 2,0%, divulgada pela equipe econômica do governo, junto com a nova previsão do IPCA, que mede a inflação, com queda para 7,2% até o final do ano, somando ainda a injeção de mais de R$ 40 bilhões em benefícios sociais, deverão impactar os diversos segmentos, inclusive o de serviços, no qual os consórcios são parte integrante.

Neste cenário, incluindo os prováveis avanços da economia, acomodação da taxa de juros, oscilações do dólar, momento político-eleitoral, “acreditamos na sequência positiva do Sistema de Consórcios no segundo semestre, levando-se em conta as crescentes e conscientes decisões financeiras dos consumidores ao optarem pela modalidade em suas finanças pessoais”, finaliza Rossi.