Escolas inovadoras: Como o ensino além da Língua Portuguesa e Matemática pode ser transformador
*Por Ingridy Moreira
De acordo com o dicionário da Língua Portuguesa, inovar significa realizar algo novo ou que nunca havia sido feito. Produzir novidades. Entretanto, criou-se na sociedade, de maneira geral, uma associação entre a inovação e o uso da tecnologia, que certamente é uma das principais formas de se inovar – apesar de não ser a única. Por exemplo, se compararmos a outras épocas, hoje o jeito de pedir comida, de escolher filmes, de pedir um táxi, de pagar as contas e até de falar com os amigos está diferente. O mundo muda todos os dias e nós mudamos com ele.
Na educação isso também acontece, mas precisamos tomar cuidado para não cairmos na falsa ideia de que adquirindo dispositivos tecnológicos, estamos inovando. Não é tão simples assim.
Primeiramente, podemos refletir: por que que inovamos?
Não à toa iniciei esse artigo com uma definição da Língua Portuguesa. Entender o nosso idioma, seus termos, conceitos e lógica é essencial para o desenvolvimento de qualquer outra ciência, visto que é a nossa língua que nos permite compreender o que está sendo comunicado. Ao mesmo tempo, como poderíamos raciocinar, comparar e analisar os fatos sem desenvolver, antes de tudo, um pensamento matemático? A Matemática não está presente somente quando somamos, subtraímos, dividimos, ou multiplicamos algo. Ela nos apoia até mesmo quando tentamos ser criativos.
Há uma conexão em tudo, e não seria justamente essa transdisciplinaridade também um método inovador de ensino? De imediato, essa reflexão me fez lembrar do método STEAM, que une Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática, e que faz parte da premissa da Educação 4.0, um modelo de ensino alinhado com as principais necessidades dos dias de hoje. Aliás, aqui incluo facilmente a Língua Portuguesa como parte do conjunto de Ciências, já que ela apoia a compreensão e o pensamento crítico de todas as verticais. Ou seja, é a porta de entrada para produzirmos ou realizarmos algo que nunca havia sido feito antes.
Mas é possível que o ensino de Matemática e Língua Portuguesa seja inovador?
Primeiramente, voltemos à questão inicial: por que que inovamos? A Matemática e Língua Portuguesa sempre estiveram na nossa educação e posso afirmar que seguirão assim. Afinal, elas são a base para todo o conhecimento e sem elas é quase impossível desenvolver outras habilidades.
Porém, o que nos levaria a inovar em matérias tão básicas? Como dito, não é uma ferramenta que tornará a escola inovadora, mas trabalhar novas metodologias, engajar o aluno e fazê-lo compreender a Matemática e a Língua Portuguesa de forma natural. De um jeito que faça sentido no dia a dia dele. Essas disciplinas acompanharão os alunos para toda a vida e já é praticamente consenso que não faz mais sentido ensinar os alunos de uma forma que apenas aprendam a decorar fórmulas e conceitos. É preciso conquistar os alunos todos os dias.
Cada aula é uma nova oportunidade de olhar de um jeito diferente para os temas que sempre estiveram ali. Inovar é fazer de algo intrínseco a nós, como a nossa língua, um bem encantador – ou tão natural como pensar matematicamente em algo surpreendente. Isso é ter um ensino inovador. Qualquer processo de transformação necessita de análises, estratégias, metas e um plano de ação, e cabe a todos nós, que fazemos parte desse ecossistema de educação, tecnologia e inovação, ajudarmos a evoluir os processos de forma fluida, tranquila e segura em prol dos alunos.
*Ingridy Moreira é especialista do Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação.
Sobre o Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação – reúne soluções de apoio à aprendizagem em modelo disruptivo de negócio, com soluções como suítes pedagógicas e de hardware voltadas para aprendizagem de Língua Portuguesa, Matemática e STEAM (acrônimo em inglês para Artes, Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Área de negócios dedicada à educação da Positivo Tecnologia S.A., conecta pais, alunos, escolas, edtechs, editoras, empresas nacionais e internacionais em ecossistema único. Veja mais no site do Educacional