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Dados apontam dificuldades das mulheres no mercado de trabalho

By DINO

April 29, 2022

Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) divulgado no portal Folha Vitória, a participação de mulheres no mercado de trabalho brasileiro é 20% abaixo quando comparada à dos homens. A pesquisa apresentou que 51,56% das mulheres possuíam um emprego em 2021, e os homens, 71,64%. Além disso, o número de mulheres em busca de trabalho no Brasil foi apontado como sendo de 16,4% no período observado – ou seja, 7,5 milhões.

Envelhecimento da população causa reflexos negativos às mulheres no mercado de trabalho

De acordo com a pesquisa Tsunami8 Latam divulgada no portal Metrópoles, nos próximos 30 anos, a quantidade de pessoas da América Latina com 65 anos vai dobrar. Isso vai impactar diretamente a vida e o mercado de trabalho para as mulheres.

Está previsto que, em 2050, 18% dos latino-americanos terão mais de 65 anos, e 5%, 80 anos. No ano de 2020, 13% das pessoas já possuíam mais de 60 anos e, em 2050, esse número será de 27,5%. Ainda segundo o levantamento, em 2090, a terceira idade latina será 36,4% do total de pessoas – número acima da América do Norte e Europa.

A pesquisa foi realizada por meio de perguntas feitas a habitantes da Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia, México e Peru, mostrando que, com a população se tornando mais velha, mais pessoas se voltam aos cuidados de familiares idosos. Na Colômbia, entre os que se candidatam a cuidar de idosos, 86% são mulheres e apenas 34% conseguem um emprego remunerado. Já no México, 29% das mulheres com mais de 60 anos são analfabetas e um terço acima de 65 anos trabalha. Desse número, 51% são homens e apenas 19%, mulheres.

Na realidade chilena, as mulheres conseguem menos empregos e possuem menor representatividade social. De acordo com o estudo, elas “contribuem com 70,1% do valor econômico do trabalho não remunerado realizado por toda a população com mais de 60 anos em um ano”. Os pesquisadores investigaram, por seis anos, os dados a respeito da população com idade superior a 65 anos e o mercado de trabalho para mulheres, a fim de coletar informações para que essa realidade fosse melhorada.

O mesmo estudo foi feito no Brasil em 2018, mostrando que, em 2050, o país será o sexto do mundo com o maior número de pessoas com mais de 60 anos – atualmente, pessoas com essa idade são as provedoras das famílias. De acordo com a Tsunami60+, no Brasil, falta planejamento financeiro e espaço para trabalhar, ofertas de consumo e marcas destinadas aos 60+, espaços nas cidades e agendas públicas, além de problemas relacionados à saúde e à dependência. Assim, é de extrema importância pensar sobre benefícios flexíveis nas empresas.