ESG é um processo de aprendizado constante

São Paulo – SP 28/6/2021 – Todas as organizações precisam demonstrar seu comprometimento com a proteção dos ecossistemas e a regeneração deles.

O modelo soma produtividade a ganhos ambientais, atendendo aos critérios de sustentabilidade.

A sigla ESG – Ambiental, Social e Governança, tradução do inglês Environmental, Social and Governance, refere-se aos três fatores centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento em uma empresa ou negócios.

“A grande mudança para o ESG foi na virada do século, com a iniciativa do Pacto Global lançado pela ONU, em 2004, que teve a adesão das 50 maiores empresas financeiras do mundo. Até então era uma discussão muito estéril, que ficava só nos organismos internacionais, entre países, mas não chegava até as empresas”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Para medir o desempenho das empresas em matéria de ESG, alguns organismos e empresas de consultoria, como a Bloomberg, por exemplo, criam uma espécie de escore de desempenho, baseado na prestação de contas que essas empresas fazem, como demonstrações financeiras, mas também de informações não financeiras, e índices de governança corporativa ou de emissão de carbono, que são exemplos de indicadores que medem os fatores ESG.

O número de fundos ESG em 2020 disponível para investidores americanos cresceu para quase 400 – um aumento de 30% em relação a 2019 e um aumento de quase quatro vezes em uma década, de acordo com a Morningstar, uma grande e independente empresa de pesquisas de investimentos. Inclusive, em novembro de 2020, esta empresa, formalmente, integrou o ESG em suas análises de ações, fundos e gestores de ativos.

A previsão é que a política de mobilidade global atenda aos critérios de sustentabilidade para alinhar ainda mais os programas a fatores corporativos e de ESG. “As novas políticas podem incluir: questionar a necessidade de designações internacionais; calcular as emissões de viagens; questionar os benefícios e verbas da política de mobilidade em relação ao valor ecológico; incentivar mais o transporte público”, enfatiza Vininha F. Carvalho.

“Todas as organizações precisam demonstrar seu comprometimento com a proteção dos ecossistemas e a regeneração deles, para garantirmos que a sociedade continue se desenvolvendo. Os impactos das emissões nas mudanças climáticas são um fato. Emissões resultantes de transporte movido a combustíveis provenientes de fontes não renováveis, especialmente aéreos, são bem conhecidos e devem ser reduzidos. As opções são: redução de viagens utilizando esses combustíveis e compensação. A reputação das empresas está conectada com sua coerência em relação aos seus compromissos e suas ações, em todas as áreas. Mobilidade não é diferente”, afirma Nelmara Arbex, sócia-líder de ESG da KPMG no Brasil.

“ESG é um processo de aprendizado constante, uma nova forma de gerir os negócios, não pensando somente na lucratividade a qualquer preço e a qualquer custo. Estes são os novos tempos pós-pandemia que permitem acreditar que será possível construir uma nova mentalidade focada na responsabilidade ambiental”, finaliza Vininha F. Carvalho.

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