O que é e por que vale a pena investir em ETFs?

7/5/2021 –

Brasileiros estão começando a focar mais no mundo dos investimentos e estão sempre à procura de novas oportunidades.

O número de investidores no Brasil é pequeno, se comparado ao registrado nos Estados Unidos. Entretanto, a boa notícia é que cada vez mais brasileiros têm visto no mundo dos investimentos uma ótima oportunidade de crescimento financeiro. Segundo dados da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), o número de CPFs cadastrados subiu 92,1% em 2020. Passou de 1.681.033 em dezembro de 2019 para 3.229.318 no mesmo mês do ano passado. a marca de 3,5 milhões de investidores pessoas físicas. Nos três primeiros meses de 2021, o número de novos ingressantes chega a 331,9 mil, perfazendo um total de 3.561.296 de contas no final de março.

Uma das razões para esse aumento da quantidade de investidores é a ampla disponibilidade de plataformas dedicadas à educação financeira, especialmente no YouTube. Assim, o acesso ao mercado de ações, ETFs, fundos imobiliários, criptomoedas e outros ativos tem se tornado mais fácil.

Outra razão para esse aumento é que, para a maior parte desses ativos, pode-se começar com um investimento bem pequeno. Um bom exemplo de ativo que não requer um alto investimento e, ainda assim, tem grandes vantagens, são os ETFs (Exchange Traded Funds).

Que são ETFs?

Antes de analisar as vantagens dos ETFs, é preciso definir o que são. Um ETF é, basicamente um fundo de ações negociadas em Bolsa. De maneira mais simples: é um pacote de ações de empresas que tem como referência o índice da Bolsa de Valores.

Investir em ETFs é uma prática relativamente recente no Brasil, iniciada em 2004. Entretanto, a evolução do mercado financeiro abriu outras modalidades de ETFs. Assim, há ETFs não somente de ações, mas, também, de fundos imobiliários (lançado pela primeira vez no país no último bimestre de 2020) e de criptomoedas (lançado no Brasil em março de 2021).

Além dos ETFs de ações brasileiras (como o BOVA11, que tem como referência o índice da Bolsa de Valores brasileira), é possível, também, diversificar os investimentos nesse tipo de ativo financeiro por meio de um ETF que replica o S&P 500, o principal índice financeiro do mercado norte-americano, e que é composto pelas 500 maiores empresas dos Estados Unidos, sendo algumas delas as maiores do mundo, como Facebook, Google, Netflix, Apple e Amazon.

Por que investir em ETFs?

A principal diferença entre ETFs e simples ações é que, ao investir em ETFs, é possível:

● diversificar os investimentos, já que o investimento é feito em um pacote de ações (ou fundos imobiliários e criptomoedas), e não apenas em uma ou outra ação;
● por meio dessa diversificação, o patrimônio fica mais protegido contra a volatilidade. Assim, ainda que algumas ações performem mal durante alguns dias, o impacto negativo será compensado pelo melhor desempenho de outras ações;
● facilidade de comprar e vender quando quiser.

Assim, o investimento em ETFs é muito indicado para quem possui um perfil mais moderado, que conhece a volatilidade das ações, mas sabe que essa volatilidade é favorecida pelo equilíbrio entre as baixas e altas.

Investir em ETFs também é indicado para quem não tem muito tempo para, por exemplo, ler as notícias sobre uma ou outra empresa, e menos ainda para analisar gráficos de desempenho de empresas ao longo do último trimestre ou ano.

Como comprar ETFs?

A compra de ETFs tem baixo custo, e pode ser feita por meio de sua corretora de investimentos. Cada ETF tem um código (no mercado financeiro, chamado de ticker), tal como aqueles de ações e fundos imobiliários. Dessa forma, basta conhecer o ticker que identifica um ETF, e realizar a compra.

Quais ETFs comprar?

Antes de mais nada, os investidores precisam analisar os ativos disponíveis por meio de suas próprias pesquisas. Em outras palavras, este texto não serve como fonte de recomendação de investimentos em um ou outro ativo, mas sim como uma referência sobre as possibilidades existentes.

Em relação aos ETFs disponibilizados pelas principais corretoras no Brasil, há o tradicional BOVA11 (com ações que replicam o índice de ações negociadas na B3), o IVVB11 (que replica o S&P 500 dos Estados Unidos), o novo XFIX11 (de fundos imobiliários) e o ainda mais novo HASH11 (de criptomoedas).

Existe, também, a possibilidade de investir em ETFs por meio de corretoras no exterior. Entre essas corretoras, estão a Avenue e a Passfolio. Elas contam com plataformas e atendimento em português, e permitem que os investimentos sejam feitos de maneira direta em ativos financeiros dos Estados Unidos e de outros países, como ETFs. O investimento em ETFs do exterior é uma opção bastante interessante para quem busca diversificação não apenas entre ações ou fundos imobiliários, mas, também, entre países, e isso é essencial para a proteção do patrimônio contra oscilações oriundas dos âmbitos político, social e sanitário.

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