Doenças Cardiovasculares

Pesquisa aponta que as mortes cardiovasculares subiram 132% durante a pandemia

Especialista avalia e enfatiza que a falta de rotina e acompanhamento de doenças podem ter sido o gatilho

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mais de 1100 brasileiros morrem por dia, ou seja, um óbito a cada 90 segundos.

Uma pesquisa recente divulgada pela UFMG, UFRJ, em conjunto com o Hospital Alberto Urquiza e a SBC, realizada em seis capitais do Brasil, aponta um alto aumento durante a pandemia. No comparativo do mesmo período de 2019 e 2020, as mortes por doenças cardiovasculares não especificadas, infartos e AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais) chegaram a aumentar em 132%. Sendo que São Paulo teve o menor número constatado (31%) e Manaus o maior com 126%.

“Mesmo avaliando o levantamento onde os maiores índices ocorreram nas cidades em que o sistema de saúde entrou em colapso ou chegou perto disso, é possível perceber que a falta de acesso de grande parte das pessoas ao sistema de saúde foi a maior causa e, não necessariamente, por efeitos da Covid-19”, alerta a cardiologista Rica Buchler, da Clínica Buchler.

Por medo do contágio, muitos pacientes não mantiveram sua rotina de visitas aos especialistas, postergaram seus tratamentos ou não fizeram o acompanhamento adequado de doenças durante a pandemia. Os cardiopatas fazem parte do grupo de risco do coronavírus, que pode comprometer ainda mais o sistema cardiovascular. Esses pacientes possuem um quadro sensível e estão suscetíveis a formas graves da doença, assim como hipertensos e diabéticos.

De acordo com a revista científica The Lancet, a hipertensão foi maior causa da morte no mundo em 2019, afetando cerca de 10,8 milhões de pessoas. “Portanto, fica o alerta para que os cuidados sejam mantidos mesmo com a chegada da vacina contra o coronavírus e enquanto o vírus estiver ativo”, explica dra. Rica. “Já para minimizar os riscos de problemas cardíacos, é necessário o acompanhamento médico. Assim como manter hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas regularmente, alimentação balanceada e não fumar”, finaliza.

Para conhecer mais o trabalho da Dra. Rica Buchler clique aqui.

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