São Paulo – SP 24/11/2020 – Há pouco tempo se acreditava que a água era um recurso natural infinito. Hoje este paradigma foi quebrado.
O saneamento básico e o tratamento de esgoto são direitos de todos os cidadãos.
A sustentabilidade dos recursos hídricos passa, necessariamente, pelo componente florestal presente em cada ecossistema.”O Brasil é o país que possui a maior reserva de água doce do mundo, todavia as águas brasileiras estão ameaçadas pela poluição, pelo desperdício, pelos usos inadequados, pelo desmatamento ao redor dos mananciais, pela erosão e desertificação”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios ( www.revistaecotour.news).
O desmatamento das áreas de mananciais, o garimpo criminoso com despejo de mercúrio, a devastação das matas ciliares, os aterros e construções dentro de faixas de proteção, projetos de irrigação ou de geração de energia mal concebidos, pesca predatória, são algumas das ameaças a serem combatidas e revertidas. É preciso recuperar as margens dos rios, recompor sua profundidade original através de drenagens, reflorestar as matas ciliares, os mangues, as várzeas, criar bacias de acumulação nos pontos críticos, reassentar as comunidades de risco, multiplicar o número de áreas verdes nas cidades e criar reservatórios nos telhados para absorção das águas de chuvas.
Há pouco tempo se acreditava que a água era um recurso natural infinito. Hoje este paradigma foi quebrado. Realizada uma análise de como as pessoas que usam este recurso, verificou-se que ele é finito e continuamente mais escasso. “O volume deste recurso é o mesmo desde que a Terra se formou, no entanto, o seu uso é cada vez mais diversificado”, enfatiza Vininha F. Carvalho.
O saneamento básico e o tratamento de esgoto são direitos de todos os cidadãos. A população brasileira seja ela urbana rural residente em cidades grandes, periferia ou pequenas comunidades, tem direito a água potável de boa qualidade, livre de qualquer tipo de contaminação.
A responsabilidade pelos serviços de água é dos governos. É hora de abolir privilégios e interesses econômicos e, partir para políticas que levem em conta as necessidades e urgências sociais, garantindo a qualidade da água, por meio de ações que determinem a preservação dos recursos hídricos das bacias hidrográficas.
Economia e sustentabilidade nunca estiveram tão em evidência como atualmente. Várias ações podem evitar o desperdício de água. O sistema de gestão dos recursos hídricos vive momentos decisivos. Questões vitais precisam ser definidas para a preservação deste precioso líquido.
“As questões referentes à água devem necessariamente passar pela participação da sociedade na gestão dos recursos hídricos, na transparência do processo e na tomada de consciência de que a água é um assunto de todos”, conclui Vininha F. Carvalho.
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