Diabetes – 14 de novembro

Conheça mais sobre o diabetes, uma doença tratável, mas que pode até ser fatal

O dia 14 é novembro foi escolhido, por pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) como world diabetes day, que o dia mundial de ações para conscientização e orientação sobre o diabetes. A doença que afeta cerca de 6% dos brasileiros, o que corresponde a 9 milhões de pessoas , segundo Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE.

A IDF informa que em 2040, a estimativa é que 642 milhões de pessoas ao redor do planeta estejam com a patologia. Portanto, a previsão é que mais de 570 milhões serão detectadas com o tipo 2 da doença. Além disso, segundo relatório da IDF, o Brasil é o terceiro país com mais casos entre
crianças e adolescentes e até os 15 anos cerca de 98,2 mil são diagnosticadas com diabetes tipo 1 a cada ano.

Covid 19 x Diabetes

O ano de 2020, com a pandemia da Covid 19, o diabetes foi muito citado pelas autoridades sanitárias como um dos fatores de risco para o agravamento da doença. Segundo os estudos sobre o novo coronavírus, a doença tem impacto na resposta imunológica e na eventual condução em cenários mais críticos. Por isso, os pacientes diabéticos e sem controle
da patologia, assim com fatores associados como hipertensão, tabagismo, obesidade, sedentarismo possuem maior risco se tiverem Covid-10.

A Sociedade Brasileira de Diabetes lançou o site “Diabetes na Era Covid” com informações e até um e-book gratuito para a população ter mais informação.

Afinal, o que é o diabetes? A maioria das pessoas tem a noção de que é uma alteração do organismo, que pode causar sede, cansaço, fome ou perda de peso rápido. A cardiologista Dra. Rica Buchler, da Clínica Buchler destaca que os dados da doença são alarmantes, “tanto para o número de pessoas infectadas, como para os casos de desconhecimento da patologia”.

“Considerando que este tipo de doença é controlável e as alterações são descobertas facilmente nos exames, temos números preocupantes. A doença precisa ser tratada e diagnosticada rapidamente.” (Rica Buchler)

Recente pesquisa analisou a prevalência, percepção e o tratamento dos fatores de risco cardíacos na diabetes tipo 2. O levantamento global Capture apontou que quatro em cada dez brasileiros com diabetes tipo 2 tem doenças cardiovasculares, sendo que a doença é a mais comum e aumenta em até quatro vezes a propensão a infarto cardíaco e derrame cerebral.

“O esclarecimento sobre a diabetes é importante, principalmente, diante do atual panorama da pandemia em que muitas pessoas deixaram de realizar suas consultas médicas”, avalia o cardiologista Gabriel Buchler.

Por isso, é importante uma rotina de consultas ao especialista e a realização de exames periodicamente, explicam os especialistas.

Conheça as principais dúvidas do diabetes, respondidas pelos especialistas da Clínica Buchler:

Quais os exames para o diagnóstico do diabetes? Os exames que detectam diabetes são: hemoglobina glicada, glicemia de jejum e glicemia pós-prandial, que são todos exames de sangue.

Qual o profissional que trata o diabetes? Alguns médicos clínicos conseguem diagnosticar alteração a, assim, indicam um endocrinologista para tratamento, que é o especialista em diabetes. O cardiologista pode ser consultado também.

Qual a diferença de cada tipo de diabetes? Qual a mais comum? Existem essencialmente dois tipos de Diabetes Mellitus. A diabetes tipo 1 é relacionada à perda de produção de insulina pelas células pancreáticas, ocorrendo em sua maioria em populações mais jovens e com apresentações mais dramáticas e potencialmente fatais se não diagnosticadas.
A diabetes tipo 2 exibe uma apresentação mais tardia e arrastada, relacionada à resistência a insulina e a uma combinação de fatores genéticos e pessoais como obesidade, sedentarismo e estilo de vida. A diabetes tipo 2 é a mais comum na população geral.

Diabetes é uma doença relacionada principalmente ao fator genético e obesidade. Isso é verdade? Sim, a diabetes, em especial tipo 2, exibe um componente familiar e de estilo de vida, como a obesidade e sedentarismo.

Os idosos possuem mais propensão? Existe uma faixa etária que tem mais risco? Tratando-se de uma manifestação associada ao estilo de vida é natural que a diabetes tipo 2 seja mais comum conforme a faixa etária, pois o descontrole de peso, o abandono de atividades físicas regulares, de dieta e a associação a outras comorbidades (hipertensão e dislipidemia)
prevalecem. Ao invés de precisar um grupo etário, deve-se alertar as populações com risco de desenvolver a diabetes.

Quais são os primeiros sintomas da diabetes? A diabetes costuma se apresentar com uma sede e fome intensas junto com um aumento da
frequência urinária. Conforme o quadro evolui pode-se observar perda de peso e, em casos de diabetes tipo 1, um hálito característico (“hálito cetônico”), náuseas, vômitos, coma e até mesmo o óbito.


Por que algumas pessoas tomam insulina e outras não? Existem diferentes tratamentos? Está relacionado ao tipo de diabetes?
O uso de insulina na diabetes tipo 1 é obrigatório, pois a doença em si está relacionada à falta de produção da mesma pelo pâncreas e não há outra maneira de substitui-la que não pela reposição.
No diabetes tipo 2 o mecanismo envolve também uma resistência do corpo à ação da insulina, sendo indicado nesses casos outros tratamentos com medicamentos que não a insulina. Conforme a doença progride, a suplementação de insulina torna-se obrigatória.


O diabetes tem cura? Pode ser evitada? O diabetes tipo 1 não tem cura e sim controle, o qual, se bem realizado, permite uma excelente
rotina e qualidade de vida. Já em relação à diabetes tipo 2, casos relacionados ao estilo de vida podem ser revertidos. No entanto, muitos casos são considerados crônicos e, desta maneira, passíveis de controle com dieta, atividade física e terapia medicamentosa.

Existem alimentos que potencializam diabetes?
Alguns alimentos são potencializadores, dentre estes, carboidratos (arroz, massas, doces) ingeridos em excesso que provocam um aumento no nível de açúcar no sangue e a um descontrole da diabetes.

Com colaboração de Jéssie Costa.

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