Cresce interesse de estudantes por programas de educação internacional

São Paulo, SP 30/10/2020 –

Em 2019, 386 mil jovens participaram de intercâmbios, número 5,86% acima do registrado no ano anterior

Depois da globalização da economia, da política, da cultura e das corporações, a sociedade tem experimentado um processo de “globalização dos cidadãos”, notadamente no campo profissional. No Brasil, os jovens em idade universitária têm buscado cada vez mais opções de educação internacional, como forma de se prepararem para desenvolver uma carreira que ultrapasse as fronteiras do país. Pesquisa divulgada este ano pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta) indica que em 2019 o número de estudantes que participaram de intercâmbio aumentou 5,86% – passou de 365 mil para 386 mil em comparação com 2018.

A busca por uma experiência internacional, segundo o levantamento, tem diferentes motivações. Os cursos de idiomas continuam sendo os favoritos dos intercambistas. Em segundo lugar estão os estudos que possibilitam também o trabalho temporário. A novidade no ranking é o interesse pelo ensino médio, o conhecido High School, que ocupa a terceira posição na preferência dos jovens. Há, ainda, quem procure por cursos mais longos, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação, especialmente aqueles que oferecem dupla diplomação, titulação que normalmente abre portas para que este jovem ingresse, depois de formado, no mercado de trabalho de outros países.

Mesmo que o estudante não tenha tal aspiração, a vivência internacional é valorizada também pelo mercado de trabalho brasileiro. Muitas corporações instaladas em território nacional consideram que o candidato a uma vaga que apresente este diferencial normalmente é detentor de outros atributos, como ampla cultura, elevado grau de maturidade e autonomia, visão de mundo mais abrangente e maior habilidade para atuar em ambientes marcados pela diversidade de culturas e pensamentos.

Frente a esta realidade, algumas instituições de ensino superior no Brasil incorporaram aos seus currículos conteúdos voltados para a educacional internacional. É o caso da Facamp (Faculdades de Campinas), cujo modelo pedagógico proporciona aos alunos a chance se se tornarem profissionais de classe mundial. O idioma inglês, por exemplo, é disciplina obrigatória dentro da grade curricular dos oitos cursos ministrados: todos os alunos precisam ser fluentes e quase todos participam de níveis avançados de Business English ou Legal English.

Segundo Patrícia Coy, coordenadora de inglês da Facamp e que tem longa experiência no treinamento de altos executivos, “essa é uma das razões pelas quais nossos alunos conseguem postos de trabalhos em grades empresas multinacionais”. A instituição ainda oferece cursos extracurriculares de mandarim, espanhol, italiano, francês e alemão.
Além disso, em 2019 e 2020 a Facamp disponibilizou aos estudantes em seu Programa de Educação Internacional oportunidades de intercâmbio em 18 programas, realizados em 11 países diferentes.

Alguns programas de intercâmbio internacional, de caráter exclusivo e de curta duração, são resultado de parcerias com importantes universidades estrangeiras, como Beijing Jiaotong University (China), Universitat Autònoma de Barcelona (Espanha), University of California, Riverside (EUA), George Washington University e St. Francis University(EUA), Universidade de Coimbra (Portugal) e WFUNA-ONU (Suíça). São programas que mesclam cursos intensivos (nas áreas jurídicas, tecnológicas ou de negócio) com visitas técnicas a empresas dos países visitados.

Já os programas de mobilidade internacional, que propiciam vivência mais longa (de seis a 12 meses) e permitem o melhor aproveitamento das disciplinas, são mantidos com a Freie Universität Berlin (Alemanha), com a University of Applied Sciences de Utrecht (Holanda) ou com a Univeristà di Torino (Itália). Mas a iniciativa que mais atrai os alunos são os programas que permitem a obtenção de bidiplomação, ministrados com a University of Ulsan (Coreia do Sul) e a ICN Business School (França).

De acordo com o diretor acadêmico da Facamp, professor Rodrigo Sabbatini, o objetivo da Faculdade é proporcionar aos seus alunos as melhores condições para que se tornem profissionais com capacidade de disputar posições de destaque tanto no mercado de trabalho brasileiro quanto do exterior. “Acompanhamos continuamente a carreira dos nossos ex-alunos e temos constatado que, graças às oportunidades aproveitadas, um número expressivo deles ocupa funções de liderança em empresas globais espalhadas por diversos países do mundo”, relata.

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